Farol Psicologia - Lins SP

A Farol Psicologia surgiu da idéia de criar um espaço para expor nosso trabalho como psicólogos e pensadores dos dias de hoje.
O farol é nossa inspiração, como um norteador no mar incerto, na incompletude.
Como psicólogos atuamos com as palavras, muitas vezes com o inacessível, e para isso buscamos na psicanálise, na psicologia, nas artes, na poesia, e outras "ciências" respostas, e por que não, mais perguntas.
Quem somos?

Mariana Rosa Cavalli Domingues

Psicologa Clínica e Judiciária
Psicóloga pela UEL, Especializada em Clinica Psicanalítica e Mestre em Filosofia pela UFSCar

@marircd

e
Taciano Luiz Coimbra Domingues

Psicólogo Clínico e Judiciário
Psicólogo pela UEL, Especializado em Terapia de Casal e de Família, Especializado em Terapia sexual e Mestre em Psicologia pela UNESP - Assis.


Rua José Garcia de Carvalho, 70 Lins - São Paulo,
tel.: (14) 99109 - 2016

domingo, 11 de março de 2018

DIA INTERNACIONAL DA MULHER


                      O “dia internacional da mulher” me causa certo incomodo. Ainda muito jovem percebia esse dia como uma troca de cumprimentos, flores e chocolates. Como parte de uma geração já mais igualitária, muitas vezes nem percebia as ideologias de gênero que permeiam a nossa sociedade. Mas estudar a feminilidade foi meu foco de interesse por alguns anos e certa vez ouvi uma AMIGA feminista dizer que feliz seria o dia em que não fosse necessário comemorar o dia da mulher.  A partir deste comentário, o Dia da Mulher se tornou uma data meio que de desgosto. Esse ano vi uma mensagem circulando nas redes sociais que me chamou a atenção: “No dia 08 de março não dê florzinha nem chocolates, dê respeito”. Aí sim! Gostei da mensagem, compartilhei em diversas mídias. Porém, também não quis perder as flores e chocolates que eventualmente pudesse ganhar... e acrescentei que aceitaria estes presentes durante todo o ano. Neste ato percebo minha atitude considerada por alguns como feminina de querer tudo ao mesmo tempo: a liberdade da camponesa e a majestade da princesa.
                      As lembrancinhas bem intencionadas e cheias de afeto podem disfarçar as dores desta data, mas as notícias escancaram o assunto. A mídia costuma mostrar  que ainda é uma realidade o grande número de ocorrências de violência doméstica,  diferenças salariais, as vítimas de abuso e exploração sexual, as vítimas da moda, a enorme quantidade de mulheres sobrecarregadas, deprimidas, estressadas e com transtornos alimentares. E não adianta mostrar, na sequencia, as histórias de algumas mulheres maravilhosas que se sobressam e que também merecem uma reportagem como qualquer homem que o faça.
                      Acredito que, cada vez mais, nos distanciamos de uma sociedade dual que se divide entre feminino e masculino. Não que acredite que as questões de gênero sejam puramente culturais, mas a polarização vivida na família burguesa perde cada vez mais seus admiradores. Mesmo assim, infelizmente ainda precisamos comemorar, ou até mesmo lamentar esse dia. Ainda me parece necessário que seja falado sobre a história que a humanidade vai desenhando em torno da função, do tratamento, da atuação e responsabilidade das mulheres. Meu desejo nesta data é que, pensando nas atrocidades e nos pequenos preconceitos ainda cometidas contra as mulheres, possamos alcançar mais respeito.


              

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