Farol Psicologia - Lins SP

A Farol Psicologia surgiu da idéia de criar um espaço para expor nosso trabalho como psicólogos e pensadores dos dias de hoje.
O farol é nossa inspiração, como um norteador no mar incerto, na incompletude.
Como psicólogos atuamos com as palavras, muitas vezes com o inacessível, e para isso buscamos na psicanálise, na psicologia, nas artes, na poesia, e outras "ciências" respostas, e por que não, mais perguntas.
Quem somos?

Mariana Rosa Cavalli Domingues

Psicologa Clínica e Judiciária
Psicóloga pela UEL, Especializada em Clinica Psicanalítica e Mestre em Filosofia pela UFSCar

@marircd

e
Taciano Luiz Coimbra Domingues

Psicólogo Clínico e Judiciário
Psicólogo pela UEL, Especializado em Terapia de Casal e de Família, Especializado em Terapia sexual e Mestre em Psicologia pela UNESP - Assis.


Rua José Garcia de Carvalho, 70 Lins - São Paulo,
tel.: (14) 99109 - 2016

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Casamento História, expectativas e possibilidades


  
Em nossa sociedade o casamento está atrelado a algumas expectativas, tais como: romantismo eterno, sonhos conjuntamente realizados, sexo satisfatório, como se representasse a idéia contida nos contos de fadas de felizes para sempre. Contudo, percebemos que a vida de casado é bem diferente.
            Se olharmos um pouco para a “história do casamento”, entenderemos que ele nem sempre gerou as expectativas acima citadas.  O casamento existe há mais de dois mil anos. Na Grécia e na Roma antiga, o culto religioso não era público e a opinião da noiva não importava. Na Europa da Idade Média, o casamento tomou a forma que possui hoje e virou um ritual religioso; nessa época, o casamento tinha como fundo conformidades sociais e não o amor. No século XVIII, surgiu o amor romântico, que focalizava a relação do casal. No final do século XX, o casamento passou almejar características como: amor, liberdade de escolha, ternura, amizade, prazer sexual, lugar de felicidade e realização plena.

            Apesar de racionalmente percebemos que é impossível ter um casamento que possua todas essas características 100% presentes e funcionando, temos dificuldades em aceitar que não existe um príncipe ou uma princesa encantada. Mas, por que insistimos com a idéia de casamento perfeito? Não existe uma resposta, mas algumas pistas. Na nossa cultura, construímos um modelo ideal de casamento que é exposto em filmes e livros. A tudo isso somam-se  as opiniões pessoais sobre o casamento e o amor, que foram sendo criadas durante a história de vida de cada um.
            Mas então, que tipo de casamento é possível? Essa é uma questão freqüente que recebo das pessoas que fazem Psicoterapia de Casal.
No inicio de uma relação, é comum as pessoas omitirem aspectos da personalidade que podem causar descontentamento, conflito e mal-estar no parceiro. Porém, para um relacionamento “crescer”, é importante compartilhar estas informações sobre os cônjuges, condição que faz parte de uma convivência saudável.
Desta forma, conseguimos uma convivência saudável quando ela é estabelecida de forma democrática, envolvendo: valores, normas, sonhos, desejos e expectativas que devem ser compartilhados e respeitados pelos parceiros.
Depois de tudo o que foi exposto acima resta a seguinte pergunta: Como fazer tudo isso? Neste ponto, a terapia de casal é uma peça chave para a construção de uma resposta.

Taciano Luiz

Este texto foi publicado na revista D`Kas de outubro de 2010
Ilustração de Lígia Cavalli

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Saudosismo

Tornou-se um tema frequente entre psicólogos de diferentes abordagens a realização de análises sobre a atualidade. De fato, falar sobre a atualidade é matéria não só para psicólogos, mas também para sociólogos, filósofos e todos os interessados nas humanidades. E ainda, para complicar, a própria nomeação deste período coloca aos autores um desafio, já que não é unanimidade chamá-lo de pós-modernismo ou contemporaneidade, e existem aqueles que preferem fugir de qualquer termo.
Pensadores reconhecidos como a psicanalista Roudinesco escreveram sobre a versatilidade exaustiva e sobre a sensação de que tudo é descartável. Nesta linha, a depressão e a síndrome do pânico marcam as mudanças na psicopatologia atual. Ambas são fortemente ligadas à indústria farmacêutica e suas demandas por novos mercados.
Sennett também é autor indispensável quando se fala no assunto, descreve a solidão de uma sociedade cada vez mais individualizada e a frustração da busca pela essência. Além disso, a forma com que constrói suas análises baseadas nas características culturais e arquitetônicas através dos tempos tornam sua leitura muito prazerosa.
Alguns termos até se tornaram clichês tais como “a era da depressão”, “sociedade do vazio”, “geração prozac”, “sociedade do espetáculo” e tantos outros que colocam um clima de tensão no ar. Tais críticas pode levar algumas pessoas a desenvolveram sentimentos saudisistas... Ah! queria viver em outros tempos, na década de 1950 as grandes cidades brasileiras tinham qualidade de vida; as pessoas antigamente se cumprimentavam e tinham vida familiar mais intensa, etc. Não que estes comentários sejam falsos. Sim, os problemas da atualidade podem ser pensados a partir do que ficou pior quando comparados a tempos passados.
O fato é que sempre haverá algo de melhor e de pior em tempos anteriores. Acho que poucas mulheres da era de aquário gostariam de cozinhar no século XVIII, imagine cuidar das roupas... Só para citar problemas caseiros, pois também existiam graves problemas humanitários.
Um filme que aborda o tema de forma sutil e inteligente é o comentado “Meia noite em Paris” de Woody Allen, no qual o personagem principal idealiza a cidade das luzes nos anos 1920 e se surpreende ao perceber que, naquela época se enaltecia o fim do século anterior.
Pensar assim, só confirma o aspecto desejante do ser humano, como dizem os lacanianos. Mostra nossa capacidade de sempre querer mais e possivelmente estar descontente com algo.
Desta forma, o exercício de pensar sobre a contemporaneidade envolve descrever suas peculiaridades com todo o cuidado, porém sem esquecer as dificuldades dos tempos anteriores evitando assim, um saudosismo inocente.

Café Filosófico de Lins

O Café Filosófico de Lins vem sendo realizado desde 2005 com o intuito de promover momentos de reflexão sobre temas de interesse público e conta com a experiência e o estudo de profissionais especializados.

Em 2005 foram realizados 6 encontros:
1° Café Filosófico de Lins:         Morte: uma dimensão humana
        Palestrante: Prfª Drª Sandra Maria Ribeiro Patrício. Psicóloga e Doutora em Psicologia pel USP.

2°  Café Filosófico de Lins:        Drogadição e Sociedade
Palestrante: Taciano Luiz Coimbra Domingues. Psicólogo e mestrando em psicologia pela UNESP - Assis

3° Café Filosófico de Lins:    Adoção
Palestrante: Prof. Dr. Mário Lázaro Camargo.Psicólogo pela USC e doutor em psicologia pela USP.
4° Café Filosófico de Lins:   Sociedade Contemporânea
  Palestrante: Mariana Rosa Cavalli Domingues. Psicóloga pela UEL e mestre em filosofia pela UFSCar.
5° Café Filosófico de Lins:   Casamento e novos arranjos conjugais
  Palestrante: Pesquisadores do Unisalesiano de Lins.
6° Café Filosófico de Lins:   Psicologia e cinema.
  Palestrante: Prof. Ms. Renato Zini. 



Em 2006 ocorreram 5 encontros

7° Café Filosófico de Lins:   A sexualidade na terceira idade
  Palestrante: Pesquisadores do Unisalesiano de Lins.

8° Café Filosófico de Lins:   Psicologia e Futebol
  Palestrante: Júlio Maria

9° Café Filosófico de Lins:   Pessoa com deficiência mental e sexualidade
  Palestrante: profª Drª  Sílvia Fornazari

10° Café Filosófico de Lins:  Idoso Asilado: Individualidade e Autonomia
  Palestrante: Pesquisadores do Unisalesiano de Lins.

11° Café Filosófico de Lins:   Terapia com Células-Tronco: Possibilidades, Riscos e Limites.
  Palestrante: Profª Elizete Peixoto 


Em 2007 os encontros passaram a ser na Casa do Médico de Lins

13° Café Filosófico de Lins:    Pânico e Transtorno do Pânico
Palestrante: Prof. Dr. Hugo Medeiros Garrido de Paula



14° Café Filosófico de Lins:   Mitologia e Contemporaneidade.
   Palestrante: Imerson Alves Barbosa. Filósofo pela UCDB e Mestre em Ciências Sociais pela UNESP .


2008
15° Café Filosófico de Lins:   Transtornos Alimentares
  Palestrante:  Gislaine Lima da Silva. Psicóloga pela UNESP e mestre em psicologia pela UNESP – Bauru.
16° Café Filosófico de Lins:   Onde encontrar a Sabedoria?
  Palestrante: Paulo Sérgio Fernandes, lincenciado em Filosofia e Letras Clássicas pela USP e Mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada UNESP - Assis

Em 2009 encontros com a psicanálise

17° Café Filosófico de Lins:  O Adolescente e a Adolescência: aspectos que atravessam o tempo
  Palestrante: Elaine S. Cardin. Psicológa pela UNESP – Assis e Psicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise
18° Café Filosófico de Lins:    O que quer uma mulher?
  Palestrante: Mariana Rosa Cavalli Domingues. Psicpóloga pela UEL e mestre em filosofia pela UFSCar.
Em 2010 :

19° Café Filosófico de Lins:   Dislexia
  Palestrante:  Profª Ms. Silvani Daruiz,  Formada em Letras pela  FAL e Mestre pela USC.

Em 2011:

•20° Café Filosófico de Lins:  Habilidades Sociais: a arte da convivência humana.
Palestrante: Prof. Dr. Luiz Carlos de Oliveira. Especialista e mestre em Psicologia Clínica Comportamental pela PUCCAMP, Doutor em Educação Escolar pela UNESP-Araraquara.