Farol Psicologia - Lins SP

A Farol Psicologia surgiu da idéia de criar um espaço para expor nosso trabalho como psicólogos e pensadores dos dias de hoje.
O farol é nossa inspiração, como um norteador no mar incerto, na incompletude.
Como psicólogos atuamos com as palavras, muitas vezes com o inacessível, e para isso buscamos na psicanálise, na psicologia, nas artes, na poesia, e outras "ciências" respostas, e por que não, mais perguntas.
Quem somos?

Mariana Rosa Cavalli Domingues

Psicologa Clínica e Judiciária
Psicóloga pela UEL, Especializada em Clinica Psicanalítica e Mestre em Filosofia pela UFSCar

@marircd

e
Taciano Luiz Coimbra Domingues

Psicólogo Clínico e Judiciário
Psicólogo pela UEL, Especializado em Terapia de Casal e de Família, Especializado em Terapia sexual e Mestre em Psicologia pela UNESP - Assis.


Rua José Garcia de Carvalho, 70 Lins - São Paulo,
tel.: (14) 99109 - 2016

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Agora que o carnaval já passou vamos voltar com as publicações sem mais demoras.
Escolhemos um poema do Gilberto Gil para tocar nossos corações e ampliar horizontes.

     Metáfora

Uma lata existe para conter algo
Mas quando o poeta diz: "Lata"
Pode estar querendo dizer o incontível

Uma meta existe para ser um alvo
Mas quando o poeta diz: "Meta"
Pode estar querendo dizer o inatingível

Por isso, não se meta a exigir do poeta
Que determine o conteúdo em sua lata
Na lata do poeta tudonada cabe
Pois ao poeta cabe fazer
Com que na lata venha caber
O incabível

Deixe a meta do poeta, não discuta
Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
Deixe-a simplesmente metáfora


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            É interessante como tudo que é de concreto pode tomar alcance metafórico e brilhar com mil tonalidades na nossa alma.
            Esta semana vi no jornal uma notícia curiosa. A reportagem dizia que colocaram grades no meio dos bancos de uma da maiores praças de Porto Alegre como o objetivo de impedir que bebados e mendigos dormissem sobre os bancos. Imagino que os namorados também não possam mais fazer isso. Na verdade quem quiser conversar com outra pessoa no mesmo banco terá que ficar atravessado pela estrutura metálica.
            Não pude deixar de lembrar de uma música que sempre gostei de um cantor gaúcho, Humberto Gessinger - " os muros e as grades nos protegem de quase tudo,
                   mas o quase tudo quase sempre é quase nada
                   e nada nos protege de uma vida sem sentido".
É uma pena que nossos espaços públicos tenham se tornado tão inóspitos. Mas fica aí a metáfora.

abraços

Mariana