Farol Psicologia - Lins SP

A Farol Psicologia surgiu da idéia de criar um espaço para expor nosso trabalho como psicólogos e pensadores dos dias de hoje.
O farol é nossa inspiração, como um norteador no mar incerto, na incompletude.
Como psicólogos atuamos com as palavras, muitas vezes com o inacessível, e para isso buscamos na psicanálise, na psicologia, nas artes, na poesia, e outras "ciências" respostas, e por que não, mais perguntas.
Quem somos?

Mariana Rosa Cavalli Domingues

Psicologa Clínica e Judiciária
Psicóloga pela UEL, Especializada em Clinica Psicanalítica e Mestre em Filosofia pela UFSCar

@marircd

e
Taciano Luiz Coimbra Domingues

Psicólogo Clínico e Judiciário
Psicólogo pela UEL, Especializado em Terapia de Casal e de Família, Especializado em Terapia sexual e Mestre em Psicologia pela UNESP - Assis.


Rua José Garcia de Carvalho, 70 Lins - São Paulo,
tel.: (14) 99109 - 2016

sábado, 30 de junho de 2012

É importante ter uma família?


Quando ligamos a televisão, assistimos filmes, lemos jornais e andamos pelas ruas, percebemos que a configuração familiar tem se modificado. Normalmente tem se a idéia que família é formada por pai, mãe e filhos, porém essa visão tem se alterado. É cada vez mais comum famílias formadas por: irmãos, tios e sobrinhos, casais homoafetivos, mãe e filhos, pai e filhos, avós e netos, recasamentos etc.



Dessa forma, não podemos mais falar de família e sim de famílias. Não importa a configuração, sua existência continua fundamental. Por que é principalmente dentro da família que o filhote de ser humano se desenvolve de forma saudável fisicamente e psicologicamente. Mas para que ela cumpra esse papel tão importante, é essencial diferenciar autoritarismo de autoridade.

Autoritarismo é a imposição de uma idéia ou vontade pela força, seus membros obedecem por medo. Autoridade é a confiança e o respeito que surge do exemplo moral, os membros obedecem por que admiram e valorizam a pessoa que tenta ensinar algo.

Portanto, para que as famílias cumpram sua função é importante que haja confiança, conquistada através do respeito e da aceitação das diferenças entre seus integrantes. 

Taciano

Texto publicado na revista D`kas Noivas de 2011

domingo, 20 de maio de 2012

No dia 09 de maio de 2012 realizei palestra na Microlins com o título: "Redes Sociais: Possibilidades e Perigos". A palestra foi dirigida às mães em homenagem ao seu dia e ofereceu algumas orientações quanto a forma de lidar com os jovens e o uso da Internet, especificamente das redes sociais.  Resgato neste espaço os pontos centrais que foram discutidos a um público participativo e interessado. Quem quiser conversar mais sobre o assunto é só teclar!


Das possibilidades;
Sabe-se que as redes sociais possibilitam o compartilhamento de informações, conhecimentos, interesses e esforços em busca de objetivos comuns.
Pode contribuir para o fortalecimento da Sociedade Civil, em um contexto de maior participação democrática e mobilização social; Ex: primavera árabe,  protestos em Brasília e outros.
As redes sociais ainda podem servir à divulgação e promoção empresarial.
É importante ressaltar que em relação à subjetividade:
Possibilitam manter amizades e relacionamentos de longa data.
Os mais “tímidos” preferem a linguagem do computador.
Permite conhecer pessoas com afinidade que de outra forma não se conheceriam.

Dos perigos;
Mesmo utilizando a rede (afinal estamos num blog) é preciso reconhecer que não se sabe a identidade de quem está do outro lado.
É fácil criar um personagem com características imaginadas/ fantasiadas pelos usuários. 
Nem sempre as trocas de informações são seguras.
O formato de muitos ambientes on line levam à superficialidade e a relações rasas (quantos amigos você tem no face?).

Das orientações aos pais:
Os pais devem estar próximos de seus filhos.
Respeitar a privacidade dos filhos, mas considerar que estão em formação.
Conhecer as ferramentas e a linguagem dos sites.
Conhecer o filho e perceber alterações de seu humor ou comportamento.
Se interessar pelo que ele faz.
Manter autoridade e justificar possíveis proibições.
Os pais podem e devem criar regras para o uso da internet.
Devem ser estabelecidos horários e sites que podem ser utilizados.

Mariana

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Afetividade na era digital II

Vou iniciar esta postagem com a indicação de um filme "Medianeras: Buenos Aires na era do amor digital": 




    Este filme complementa a discussão do texto anterior, afinal, também fala dos relacionamentos na era digital! O filme argentino toca com delicadeza e profundidade a solidão e também as possibilidades de encontros na atualidade. Mostra uma Buenos Aires parecida com São Paulo, portanto, retrata uma capital da América do Sul. Neste sentido, a película nos é mais próxima do que os filmes americanos ou europeus.
    A esperança de encontrar o amor e o romantismo estão presentes em diversas produções artísticas e, as vezes, isso causa a ilusão de que o amor romântico é a chave para todas os problemas... Assim, muitas pessoas depositam nos seus relacionamentos a responsabilidade pela felicidade.
    Na atualidade o encontro com as pessoas se torna mediado por tantas ferramentas que muitas vezes nos perguntamos até que ponto estamos de fato nos relacionando... Muitos psicólogos temem esta forma de relacionamento "on lline" por alimentar a timidez e a solidão. Mas não podemos esquecer também a proximidade e as possibilidades reais que esta ferramente nos proporciona, como este blog por exemplo...
    Na série do programa "Café Filosófico ", que está sendo reexibida na TV Cultura, Marcelo Tas e outros comentam esta realidade. Para quem não assistiu, vale a pena procurar.

    Eu indico o filme, pois além de ver com outros olhos as relações atuais, também proporciona momentos de prazer!

Aos leitores "abraços virtuais"

Mariana

quarta-feira, 28 de março de 2012

Afetividade na era digital


           Atualmente as relações humanas são cada vez mais mediadas por recursos tecnológicos, principalmente pelos meios digitais. A internet é o nosso maior exemplo disso. Existe uma série de jogos, sites e programas que simulam uma ligação (ou conexão) entre as pessoas. Na vida real posso ter alguns amigos, mas no mundo virtual posso ter dezenas de amigos. Contudo sempre fica a questão: eles são meus amigos de verdade?

            Uma coisa é certa, uma pessoa precisa de proximidade afetiva com outra pessoa para se tornar um ser humano. Daí vem a importância do pai e da mãe (ou de quem toma esse lugar) para a continuidade da vida, ou seja, nós precisamos de alguém que nos alimente, nos aconchegue, nos acalente e nos aqueça. Até hoje não conseguiram inventar um computador que tenha afetividade.
           
            A afetividade é a manifestação de nossos sentimentos e emoções, que podem ser positivos (amor, amizade, ternura etc.) ou negativos (ódio, raiva, vingança etc.). A afetividade pode aparecer de várias formas, dependendo da história individual, do lugar e da cultura a qual a pessoa pertence.
           
            O beijo é uma das expressões de afetividade mais difundidas no nosso planeta. Ele carrega em si amplos significados. Quem melhor do que um poeta para falar sobre ele?tais. A internet é o nosso maior exemplo disso. Existe uma série de jogos, sites e programas que simulam uma ligação (ou conexão) entre as pessoas. Na vida real posso ter alguns amigos, mas no mundo virtual posso ter dezenas de amigos. Contudo sempre fica a questão: eles são meus amigos de verdade?

            Uma coisa é certa, uma pessoa precisa de proximidade afetiva com outra pessoa para se tornar um ser humano. Daí vem a importância do pai e da mãe (ou de quem toma esse lugar) para a continuidade da vida, ou seja, nós precisamos de alguém que nos alimente, nos aconchegue, nos acalente e nos aqueça. Até hoje não conseguiram inventar um computador que tenha afetividade.
           
            A afetividade é a manifestação de nossos sentimentos e emoções, que podem ser positivos (amor, amizade, ternura etc.) ou negativos (ódio, raiva, vingança etc.). A afetividade pode aparecer de várias formas, dependendo da história individual, do lugar e da cultura a qual a pessoa pertence.
           
            O beijo é uma das expressões de afetividade mais difundidas no nosso planeta. Ele carrega em si amplos significados. Quem melhor do que um poeta para falar sobre ele?

Soneto

Por que me descobriste no abandono
Com que tortura me arrancaste um beijo
Por que me incendiaste de desejo
Quando eu estava bem, morta de sono

Com que mentira abriste meu segredo
De que romance antigo me roubaste
Com que raio de luz me iluminaste
Quando eu estava bem, morta de medo

Por que não me deixaste adormecida
E me indicaste o mar, com que navio
E me deixaste só, com que saída

Por que desceste ao meu porão sombrio
Com que direito me ensinaste a vida
Quando eu estava bem, morta de frio
                                                          
                                                                                              Chico Buarque

Taciano Luiz 

segunda-feira, 12 de março de 2012

Sentimento por Drummond

“Tenho apenas duas mãos
e o sentimento do mundo,
mas estou cheio de escravos,
minhas lembranças escorrem
e o corpo transgride
na confluência do amor.”

    Meu poeta preferido é Carlos Drummond de Andrade, autor dos versos acima. Neles algo me fascina, e às vezes me pergunto porquê. Em sua genialidade, a mensagem não poderia ser simples, mesmo assim, me inspira confiança. Não que algo incrível precise ser difícil de entender... não é preciso filosofar apenas em Alemão... A genialidade de Lacan não está no fato de ser autor de leitura árdua.
    Sem mais rodeios, vamos pensar no versos... Começa falando de sua castração, se colocando numa posição humana frágil, demonstrando o real do corpo... “tenho apenas duas mãos”.
Mas neste ser tão meramente humano, cabe todo o sentimento do mundo – é como se sofresse de uma ultra sensibilidade, pois como seria possível uma coisa destas: todo o sentimento do mundo...  diria que toca o infinito.
    O terceiro verso se coloca em contradição aos anteriores – mas estou cheio de escravos – como assim? Cheio de pendências? Coisas que não têm liberdade? Desejos acorrentados, revolta...
“Escorrem as lembranças”, tantas coisas se passam pela mente de quem percebe todo o sentimento do mundo. Acredito que as experiências mais marcantes envolvem alguém que amamos, odiamos ou que despertam aquilo de que se trata o poema:  sentimentos. Muitos idosos descrevem certo cansaço por carregarem , ou guardarem, tantas lembranças.
    E num toque brilhante, os versos finais ligam a ideia inicial que remetia ao corpo a algo que vai além... sim, todo este sentimento e lembrança feita de matéria tão fluídica habita um corpo ardente, pulsante. E nada melhor de que o amor para explicar a união do corpo e da mente .  Eu disse explicar? Não sei o que é mais complicado – falar sobre o amor, ou sobre a dualidade  ou não, do corpo e da alma... enfim, acho que descobri o que me encanta nestes versos.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Casamento História, expectativas e possibilidades


  
Em nossa sociedade o casamento está atrelado a algumas expectativas, tais como: romantismo eterno, sonhos conjuntamente realizados, sexo satisfatório, como se representasse a idéia contida nos contos de fadas de felizes para sempre. Contudo, percebemos que a vida de casado é bem diferente.
            Se olharmos um pouco para a “história do casamento”, entenderemos que ele nem sempre gerou as expectativas acima citadas.  O casamento existe há mais de dois mil anos. Na Grécia e na Roma antiga, o culto religioso não era público e a opinião da noiva não importava. Na Europa da Idade Média, o casamento tomou a forma que possui hoje e virou um ritual religioso; nessa época, o casamento tinha como fundo conformidades sociais e não o amor. No século XVIII, surgiu o amor romântico, que focalizava a relação do casal. No final do século XX, o casamento passou almejar características como: amor, liberdade de escolha, ternura, amizade, prazer sexual, lugar de felicidade e realização plena.

            Apesar de racionalmente percebemos que é impossível ter um casamento que possua todas essas características 100% presentes e funcionando, temos dificuldades em aceitar que não existe um príncipe ou uma princesa encantada. Mas, por que insistimos com a idéia de casamento perfeito? Não existe uma resposta, mas algumas pistas. Na nossa cultura, construímos um modelo ideal de casamento que é exposto em filmes e livros. A tudo isso somam-se  as opiniões pessoais sobre o casamento e o amor, que foram sendo criadas durante a história de vida de cada um.
            Mas então, que tipo de casamento é possível? Essa é uma questão freqüente que recebo das pessoas que fazem Psicoterapia de Casal.
No inicio de uma relação, é comum as pessoas omitirem aspectos da personalidade que podem causar descontentamento, conflito e mal-estar no parceiro. Porém, para um relacionamento “crescer”, é importante compartilhar estas informações sobre os cônjuges, condição que faz parte de uma convivência saudável.
Desta forma, conseguimos uma convivência saudável quando ela é estabelecida de forma democrática, envolvendo: valores, normas, sonhos, desejos e expectativas que devem ser compartilhados e respeitados pelos parceiros.
Depois de tudo o que foi exposto acima resta a seguinte pergunta: Como fazer tudo isso? Neste ponto, a terapia de casal é uma peça chave para a construção de uma resposta.

Taciano Luiz

Este texto foi publicado na revista D`Kas de outubro de 2010
Ilustração de Lígia Cavalli

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Saudosismo

Tornou-se um tema frequente entre psicólogos de diferentes abordagens a realização de análises sobre a atualidade. De fato, falar sobre a atualidade é matéria não só para psicólogos, mas também para sociólogos, filósofos e todos os interessados nas humanidades. E ainda, para complicar, a própria nomeação deste período coloca aos autores um desafio, já que não é unanimidade chamá-lo de pós-modernismo ou contemporaneidade, e existem aqueles que preferem fugir de qualquer termo.
Pensadores reconhecidos como a psicanalista Roudinesco escreveram sobre a versatilidade exaustiva e sobre a sensação de que tudo é descartável. Nesta linha, a depressão e a síndrome do pânico marcam as mudanças na psicopatologia atual. Ambas são fortemente ligadas à indústria farmacêutica e suas demandas por novos mercados.
Sennett também é autor indispensável quando se fala no assunto, descreve a solidão de uma sociedade cada vez mais individualizada e a frustração da busca pela essência. Além disso, a forma com que constrói suas análises baseadas nas características culturais e arquitetônicas através dos tempos tornam sua leitura muito prazerosa.
Alguns termos até se tornaram clichês tais como “a era da depressão”, “sociedade do vazio”, “geração prozac”, “sociedade do espetáculo” e tantos outros que colocam um clima de tensão no ar. Tais críticas pode levar algumas pessoas a desenvolveram sentimentos saudisistas... Ah! queria viver em outros tempos, na década de 1950 as grandes cidades brasileiras tinham qualidade de vida; as pessoas antigamente se cumprimentavam e tinham vida familiar mais intensa, etc. Não que estes comentários sejam falsos. Sim, os problemas da atualidade podem ser pensados a partir do que ficou pior quando comparados a tempos passados.
O fato é que sempre haverá algo de melhor e de pior em tempos anteriores. Acho que poucas mulheres da era de aquário gostariam de cozinhar no século XVIII, imagine cuidar das roupas... Só para citar problemas caseiros, pois também existiam graves problemas humanitários.
Um filme que aborda o tema de forma sutil e inteligente é o comentado “Meia noite em Paris” de Woody Allen, no qual o personagem principal idealiza a cidade das luzes nos anos 1920 e se surpreende ao perceber que, naquela época se enaltecia o fim do século anterior.
Pensar assim, só confirma o aspecto desejante do ser humano, como dizem os lacanianos. Mostra nossa capacidade de sempre querer mais e possivelmente estar descontente com algo.
Desta forma, o exercício de pensar sobre a contemporaneidade envolve descrever suas peculiaridades com todo o cuidado, porém sem esquecer as dificuldades dos tempos anteriores evitando assim, um saudosismo inocente.

Café Filosófico de Lins

O Café Filosófico de Lins vem sendo realizado desde 2005 com o intuito de promover momentos de reflexão sobre temas de interesse público e conta com a experiência e o estudo de profissionais especializados.

Em 2005 foram realizados 6 encontros:
1° Café Filosófico de Lins:         Morte: uma dimensão humana
        Palestrante: Prfª Drª Sandra Maria Ribeiro Patrício. Psicóloga e Doutora em Psicologia pel USP.

2°  Café Filosófico de Lins:        Drogadição e Sociedade
Palestrante: Taciano Luiz Coimbra Domingues. Psicólogo e mestrando em psicologia pela UNESP - Assis

3° Café Filosófico de Lins:    Adoção
Palestrante: Prof. Dr. Mário Lázaro Camargo.Psicólogo pela USC e doutor em psicologia pela USP.
4° Café Filosófico de Lins:   Sociedade Contemporânea
  Palestrante: Mariana Rosa Cavalli Domingues. Psicóloga pela UEL e mestre em filosofia pela UFSCar.
5° Café Filosófico de Lins:   Casamento e novos arranjos conjugais
  Palestrante: Pesquisadores do Unisalesiano de Lins.
6° Café Filosófico de Lins:   Psicologia e cinema.
  Palestrante: Prof. Ms. Renato Zini. 



Em 2006 ocorreram 5 encontros

7° Café Filosófico de Lins:   A sexualidade na terceira idade
  Palestrante: Pesquisadores do Unisalesiano de Lins.

8° Café Filosófico de Lins:   Psicologia e Futebol
  Palestrante: Júlio Maria

9° Café Filosófico de Lins:   Pessoa com deficiência mental e sexualidade
  Palestrante: profª Drª  Sílvia Fornazari

10° Café Filosófico de Lins:  Idoso Asilado: Individualidade e Autonomia
  Palestrante: Pesquisadores do Unisalesiano de Lins.

11° Café Filosófico de Lins:   Terapia com Células-Tronco: Possibilidades, Riscos e Limites.
  Palestrante: Profª Elizete Peixoto 


Em 2007 os encontros passaram a ser na Casa do Médico de Lins

13° Café Filosófico de Lins:    Pânico e Transtorno do Pânico
Palestrante: Prof. Dr. Hugo Medeiros Garrido de Paula



14° Café Filosófico de Lins:   Mitologia e Contemporaneidade.
   Palestrante: Imerson Alves Barbosa. Filósofo pela UCDB e Mestre em Ciências Sociais pela UNESP .


2008
15° Café Filosófico de Lins:   Transtornos Alimentares
  Palestrante:  Gislaine Lima da Silva. Psicóloga pela UNESP e mestre em psicologia pela UNESP – Bauru.
16° Café Filosófico de Lins:   Onde encontrar a Sabedoria?
  Palestrante: Paulo Sérgio Fernandes, lincenciado em Filosofia e Letras Clássicas pela USP e Mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada UNESP - Assis

Em 2009 encontros com a psicanálise

17° Café Filosófico de Lins:  O Adolescente e a Adolescência: aspectos que atravessam o tempo
  Palestrante: Elaine S. Cardin. Psicológa pela UNESP – Assis e Psicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise
18° Café Filosófico de Lins:    O que quer uma mulher?
  Palestrante: Mariana Rosa Cavalli Domingues. Psicpóloga pela UEL e mestre em filosofia pela UFSCar.
Em 2010 :

19° Café Filosófico de Lins:   Dislexia
  Palestrante:  Profª Ms. Silvani Daruiz,  Formada em Letras pela  FAL e Mestre pela USC.

Em 2011:

•20° Café Filosófico de Lins:  Habilidades Sociais: a arte da convivência humana.
Palestrante: Prof. Dr. Luiz Carlos de Oliveira. Especialista e mestre em Psicologia Clínica Comportamental pela PUCCAMP, Doutor em Educação Escolar pela UNESP-Araraquara.







quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Sobre o tempo do ano novo

Todo início de ano o sentimento de renovação e esperança renasce, mas será assim para todos? Há aqueles que não gostam das festas de fim de ano  e especialmente pensando no “revelion” com suas roupas brancas e foguetórios. Muitos são plenamente incrédulos e dizem que tal data  não passa de "um dia após o outro", um simples anoitecer. De fato, a comemoração se dá baseada na mudança de um calendário... mas este não é aleatório... então surge o discurso dos astrólogos, suas previsões e palpites. Não deixa de ser divertido conhecer as características e destinos de cada signo, os  dizeres sobre o ascendente ou horóscopo chinês, algum deve conferir...
Bom, o tempo tem que ser dividido e o ser humano necessita de organizadores. Recebemos desde o nascimento estas normas que vão traçando um universo menos caótico, basta ver como os bebês gostam de regularidade. Assim, a passagem do tempo medida pela rotação da terra com a passagem dos dias é um alívio. Muito se discute na filosofia sobre o tempo e encontramos em Bergson uma reflexão interessante sobre a tentativa de precisar a passagem do tempo tal como é possível a mensuração do espaço.... ilusão do ser,  já que o tempo flui subjetivamente. Sim , pois a sensação do tempo durante uma viagem de trabalho é bem diferente do tempo vivido numa excursão. Inúmeros são os exemplos de como as situações alteram a velocidade com que sentimos o tempo passar.
Desta forma, comemorar o novo ano que se anuncia certamente é um fenômeno particular e subjetivo. Os projetos e sonhos que trazemos ganham força, mas e, alguns momentos da vida a grande coragem está em abandonar planos que não se concretizaram...
Uma coisa é certa  a alegria da possibilidade da mudança brilha a cada dia a cada mudança de etapa, então bom é aproveitar a mudança do ano do calendário para buscar o melhor em nós mesmos.

Mariana