tag:blogger.com,1999:blog-2752111625639976502024-03-12T19:41:08.101-07:00Farol Psicologia - Lins/SPFarol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.comBlogger33125tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-13879525925162054112023-08-13T14:42:00.003-07:002023-08-13T17:39:47.812-07:00LIBERDADE DE EXPRESSÃO É POSSÍVEL?<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg6UusQFL7IFGFZ37YDxWAGhjwxsIGob_GL78q2ITi8K65d-OXkZ55tB1j9cKkAXY3ergShDKzELYaHOntcomrZSk1qJhVTSSSpwasLbcXYaawGi9PInOUqe57vGw-2swsGYIeXCYHPx73jtzy1_buvBSRRVmHVwOVulHhjxB65AcrfQjQNSYXYHnryXss" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="397" data-original-width="540" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg6UusQFL7IFGFZ37YDxWAGhjwxsIGob_GL78q2ITi8K65d-OXkZ55tB1j9cKkAXY3ergShDKzELYaHOntcomrZSk1qJhVTSSSpwasLbcXYaawGi9PInOUqe57vGw-2swsGYIeXCYHPx73jtzy1_buvBSRRVmHVwOVulHhjxB65AcrfQjQNSYXYHnryXss=w506-h285" width="506" /></a></div><p><br /></p><p></p><p align="center" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">LIBERDADE DE EXPRESSÃO É POSSÍVEL?<o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span></p><p align="right" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: right;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Taciano Luiz Coimbra Domingues<o:p></o:p></span></p><p align="right" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: right;"><br /></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">No último sábado do mês
de maio de 2021, uma parcela da população brasileira não cumpriu as regras
sanitárias em relação a pandemia (G1,2021). Pessoas de todos os estados foram às
ruas para protestar contra o governo federal, em favor da vacina e da
democracia em nosso país. Interessante que poder protestar e fazer
reivindicações de forma pública e em aglomerações só é possível em um país
minimamente democrático. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Então de que democracia
estamos falando? Rosenfield (1994) explica que democracia vem do grego antigo e
tem como significado etimológico “governo do povo ou governo da maioria”. Ele
coloca que essa forma de governo surgiu como uma diferenciação da monarquia
“governo de um só” e aristocracia “governo de alguns”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">O autor esclarece que na
Grécia Antiga esse conceito não era só relacionado a forma de governo, mas uma
questão importante da cidades-estados, no caso aqui Atenas. Além de estar
relacionada a vida material, também guarda aproximação com a liberdade política
e conviver bem com a comunidade em que o cidadão pertence (ROSENFIELD, 2017). O
cidadão vivia sua presença na governança da cidade de forma ativa, participando
e tendo voz em todas as decisões que afetavam o seu cotidiano, ou seja, era uma
democracia participativa, bem diferente da atual democracia representativa,
onde nós escolhemos um representante para defender nossos interesses na esfera
federal, estadual e municipal, no executivo e no legislativo. No entanto, com
tantas notícias de corrupção (G1, 2021), fica difícil acreditar que estamos
sendo bem representados. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Depois da experiência
ateniense na antiguidade clássica, por muitos séculos, inclusive milênios,
nenhuma país adotou a democracia como forma de governo. Essa situação mudou
quando na América do Norte, treze colônias do Reino Unido entraram num processo
de independência no século XVIII. Atualmen</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">te
esse país é a maior economia do mundo e o principal baluarte de um governo
democrático, apesar de inúmeros percalços na sua história recente. Na sua carta
magna (SOUSA, 2021), composta de poucos artigos, a primeira emenda merece
grande atenção:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-language: PT-BR;">EMENDA I: </span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-language: PT-BR;">o</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-language: PT-BR;"> Congresso
não legislará no sentido de estabelecer uma religião, ou proibindo o livre
exercício dos cultos; ou cerceando a liberdade de palavra, ou de imprensa, ou o
direito do povo de se reunir pacificamente, e de dirigir ao Governo petições
para a reparação de seus agravos.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">O primeiro Estado democrático moderno deixou
em destaque na primeira emenda várias liberdades e entre elas, o livre
discurso, tanto da imprensa, como do cidadão comum. A liberdade de expressão é
algo imprescindível numa democracia. A perda da liberdade de expressão e do
livre discurso são os primeiros direitos abolidos em governos ditatoriais. Nós
tivemos essa experiência no Brasil no século passado, na cultura muitas músicas
e peças teatrais foram censuradas, negando assim o direito da liberdade de
expressão (KLANOVICZ, 2010).</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">Entretanto, a livre opinião tem limites?
Quando o Livre Discurso se transforma no Discurso do ódio?</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-size: 10pt;">“</span><span style="font-size: 10pt;">O discurso de ódio compõe-se de dois elementos
básicos: discriminação e externalidade. É uma manifestação segregacionista,
baseada na dicotomia superior (emissor) e inferior (atingido) e, como
manifestação que é, passa a existir quando é dada a conhecer por outrem que não
o próprio autor. A fim de formar um conceito satisfatório, devem ser
aprofundados esses dois aspectos, começando pela externalidade” (SILVA et al.,
2011, p.447).</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">Podemos apreender que
livre expressão tem seus limites quando deixa de representar uma liberdade ou
opinião e é usada como arma e agressão contra o outro, o qual pode ser um
grupo, etnia ou minoria. Contudo se esses limites forem generalizados,
impedindo de forma engessada a manifestação de opiniões contraditórias da
maioria, ou que são consideradas antissociais, as pessoas terão o seu discurso
livre negado (SILVA et al, 2011). A maior expressão desse “policiamento
ostensivo”, é o termo politicamente correto, o qual lança um verniz superficial,
mascara a realidade, sem alterar efetivamente os preconceitos e as
discriminações.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">E nessas contradições
entre discurso livre, liberdade de expressão, discurso do ódio e politicamente
como correto, como fica a escola? O discurso que a escola deve formar “livres
pensadores” é perene, por outro lado, Foucault (2009) explana que a escola é
uma instituição que padroniza, modela e impõe normatizações ao comportamento
humano. Diante disso, podemos fazer a seguinte reflexão: é possível ser livre,
sem ser incorreto? O Grande educador Rubem Alves (2001) discorre o seguinte:</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="text-indent: 35.4pt;">"</span><span style="font-size: 10pt; text-indent: 35.4pt;">Há
escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas
existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados
são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde
quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros.
Porque a essência dos pássaros é o vôo. Escolas que são asas não amam pássaros
engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros
coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já
nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado."</span></p><p class="MsoNoSpacing"><b><span style="font-size: 12pt;"> </span></b></p><p class="MsoNoSpacing"><b><span style="font-size: 12pt;"> </span></b><b><span style="font-size: 12pt;">REFERÊNCIAS</span></b></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="font-size: 12pt;">ALVES, R. Gaiolas
e Asas. </span><b style="font-size: 12pt;">Folha de São Paulo</b><span style="font-size: 12pt;">, São
Paulo, 5 dez. 2001. Opinião.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> </span><span style="font-size: 12pt;">FOUCAULT, M. </span><b style="font-size: 12pt;">Vigiar e punir: nascimento da prisão</b><span style="font-size: 12pt;">.
Rio de Janeiro: Vozes, 2009.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> </span><span style="font-size: 12pt;">GLOBO COMUNICAÇÃO
E PARTICIPAÇÕES S. A. </span><b style="font-size: 12pt;">G1, </b><span style="font-size: 12pt;">c2021.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> </span><span style="font-size: 12pt;">KLANOVICZ, L. R.
F. No olho do furacão: Revista Veja, censura e ditadura militar (1968-1985).</span><b style="font-size: 12pt;"> Revista Literatura em Debate</b><span style="font-size: 12pt;">, v. 4, n.
6, p. 34-50, jan-jul.; 2010.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="font-size: 12pt;">ROSENFIELD, D. L. </span><b style="font-size: 12pt;">O que é
democracia. </b><span style="font-size: 12pt;">São Paulo: Brasiliense, 2017.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> </span><span style="font-size: 12pt;">SILVA, R. L. et
al. Discursos de ódio em redes sociais: Jurisprudência brasileira. </span><b style="font-size: 12pt;">Revista Direito GV,</b><span style="font-size: 12pt;"> v. 7, n. 2,
p.445-468, jul-dez; 2011.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span><span style="background-color: white; font-size: 12pt;">SOUSA, Rainer Gonçalves. "A Constituição dos Estados
Unidos"; </span><b style="font-size: 12pt;">Brasil Escola</b><span style="background-color: white; font-size: 12pt;">. </span></p>Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-43406583393312147452023-05-17T05:51:00.001-07:002023-05-17T05:51:19.410-07:00<p class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">Mutante não fica na estante por muito tempo</p><p class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.4pt;">Mariana R. C. Domingues</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">A vida tem
certas coincidências que são presentes e me mostram uma conexão com o mundo. Um
dia antes da despedida de Rita Lee deste plano, estava ouvindo a música “Mutante”.
Tão bom quando música boa fica na cabeça... Então fui remetida pra outra canção
“Na estante”, da Pitty. Com as músicas em mente, foram surgindo algumas conexões.
Foi aí que veio a ideia desse texto, que será minha homenagem singela à
querida Rita Lee.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Trata-se de um
texto de brincadeira musical, longe de querer analisar, explicar e espero não
estragar a poética das canções com alguma mania de psi... vou partir da
visão de mulher psicóloga que teve alguns insights. Aviso que me dei ao luxo de
misturar as canções. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> As
duas músicas trazem um coração despedaçado e mostram o sentimento de rejeição. A dor de não ser correspondido desnorteia e
deixa a pessoa num sofrimento que parece sem fim. Nessas horas, há sensação de
loucura, desejo de morte, desproteção e vulnerabilidade. Podemos perceber isso
em versos como “quando eu me sinto um pouco rejeitada, me dá um nó na garganta”,
ou “pena que você não me quis, não me suicidei por um triz”; “você está saindo
da minha vida, e parece que vai demorar”. Na animação do clipe de “Na estante” visualizamos
um sujeito sem coração, o robô sem alma. Quanta dor nesse coração que foi
entregue voluntariamente, ou involuntariamente: “Ai de mim que sou romântica”, “eu
estava aqui o tempo todo só você não viu”, “afinal de contas te dei meu
coração, e você pôs na estante”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> As
pessoas se identificam com essas músicas pelos recortes tão vívidos e íntimos das
relações amorosas. Algo do corpo e da intimidade como “você me deixou de tanga”
ou “você me vê vermelha e acha graça”. Outro ponto delicado está na insistência
em algo que já passou. Quando por exemplo, as pessoas sabem que não estão mais
sendo amadas, ou até mesmo respeitadas e permanecem tentando: “tô aproveitando
cada segundo, antes que isso aqui vire uma tragédia”, ou “kiss me baby”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Mas estamos
falando de mulheres que não estão apenas a lamentar; “ai de mim que sou romântica”.
As músicas também remetem a uma pessoa que quer sair de uma relação ruim, que
quer romper um vínculo, mas não consegue. Há um desejo de pelo menos esquecer,
como nos versos “choro até secar a alma de toda mágoa, depois eu parto pra outra,
como um mutante”, “seguindo o meu caminho”. Há uma luta pra superar esse
sentimento, “só por hoje não quero mais te ver”. Tal como uma droga, “não quero
tomar minha dose de você”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> Para
finalizar, destaco aqui que a música da Pitty chama-se “Na estante”, local ao
qual parece ter havido uma questão... a formação linguística da frase, faz a gente
pensar que houve uma situação em que o eu lírico seria colocado numa estante, mas
que isso não foi concluído. Esse sujeito precisou protestar ou lutar contra isso, "mas eu não ficaria bem na sua estante".
No caso da música da Rita Lee, o coração foi feito troféu no meio da bugiganga,
na estante ficou. Pensando nisso tem um importância a canção se chamar “Mutante”.
Há uma promessa de que a pessoa não ficará ali. Mesmo que ainda sinta, no fundo
sempre sozinho, a gente intui que essa abstinência uma hora vai passar. </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E um viva às mulheres do rock: <o:p></o:p></p>
<p><span style="font-family: Calibri, "sans-serif"; font-size: 11pt;"><span> </span><span> </span> </span></p><p><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span style="font-size: 14.6667px;"><br /></span></span><span style="font-family: Calibri, "sans-serif"; font-size: 11pt;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/g2dJOfs0mKk" width="320" youtube-src-id="g2dJOfs0mKk"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/DP3j6hgS4VY" width="320" youtube-src-id="DP3j6hgS4VY"></iframe></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /> <p></p>Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-278101355456869892023-05-12T14:51:00.003-07:002023-05-12T14:51:23.578-07:00Aniverário de Adeus<p> </p><p class="MsoNoSpacing"><u><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"></span></u></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><u><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgtPLmQEZQT1xg0_V7XHPx7NQAJpM3CJFgtDyICoSCj0dAufccQv9BBm__voyuvAbZgWxLv6YvyZWgV7AslWrpRccc6Xq3dylCsEGOZnEOAr43iOhZEXpngVdFHCFAKCsofndjteENis_NgsHN8P1jlPdD8Il76S8-RCXvMhC7TIsbN64r1KQTVTlj0" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="500" data-original-width="500" height="379" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgtPLmQEZQT1xg0_V7XHPx7NQAJpM3CJFgtDyICoSCj0dAufccQv9BBm__voyuvAbZgWxLv6YvyZWgV7AslWrpRccc6Xq3dylCsEGOZnEOAr43iOhZEXpngVdFHCFAKCsofndjteENis_NgsHN8P1jlPdD8Il76S8-RCXvMhC7TIsbN64r1KQTVTlj0=w379-h379" width="379" /></a></u></div><u><br /></u><u><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Aniversários
de Adeus</span></u><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Hoje
é saudade!</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Sentir
a falta da presença!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Abraçar
a lembrança da permanência!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Hoje
é saudade!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Rememorar
as boas vivências!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Desejar
esquecer as tristes experiências!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Hoje
é saudade!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Derramar
lágrimas de sofrimento!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Distribuir
sorrisos de agradecimento!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Hoje
é saudade!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Tentar
dissolver a raiva da indignidade!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Lutar
por um mundo com integridade!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Hoje
é saudade!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Padecer
com o adeus que se distancia!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Serenar
com o tempo necessário!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Pois
o reencontro da pessoa querida!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Se
aproxima a cada Adeus de aniversário!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Taciano
Luiz</span></p>Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-23750044283494907082023-03-15T07:36:00.003-07:002023-03-15T13:03:20.303-07:00SOBRE RESIGNAÇÃO E LIBERDADE<p> Associando livremente sobre a letra e o clipe da música "As it was"</p><p><br /></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><p style="text-align: left;"><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span>Mariana R. Cavalli Domingues</p></blockquote><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/H5v3kku4y6Q" width="320" youtube-src-id="H5v3kku4y6Q"></iframe></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;"><span> A música de Harry Styles de 2022 toca nas rádios, nas mídias sociais e diretamente nas pessoas. Chama a atenção com seu ritmo dançante e cíclico, numa sobreposição de camadas de sentimentos (como bem nos explica @pianoquetoca).</span></p><p style="text-align: justify;"><span><span> Foi a música que me capturou, mas quando vi o clipe, algumas ideias me vieram a mente, de forma a sentir a necessidade de escrever. Pra mim é irresistível quando música, letra e dança aparecem integrados numa obra artística.</span></span><br /></p><p style="text-align: justify;"><span><span><span> O clipe se inicia com pessoas com roupas formais, provavelmente em caminho ao trabalho, com semblante tedioso. "Gravity's holdin' me back"... "Nothin' to say, when everything gets in the way". São versos e imagens que descrevem a rotina do dia a dia, a roda viva que se cria nas atividades repetitivas e que passam se ser vividas de forma automatizada e sem energia.</span><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span><span><span><span> Na cena seguinte, a imagem nos remete a essa mesma ideia, mas de forma poética. Nela vemos u</span></span></span></span>m cenário irreal e um casal andando em círculos e com roupas coloridas e brilhantes. Esse traje indica que por baixo dos casacos pesados, existe a individualidade, com suas escolhas particulares. Mas o casal anda com o semblante sem emoção, com breves encontros e desencontros. Aqui ouve-se o verso "it's just us, you Know it's not the same... " Há uma cumplicidade nesse viver juntos em um mundo hostil, por isso ele diz "você sabe". </p><p style="text-align: justify;"><span><span><span><span><span> No clipe, o casal consegue se tocar e o abraço entre eles parece modificar o clima emocional, mas ele se desfaz.</span></span></span></span></span> Então a mulher parece tentar se aproximar, mas escorrega e cai ao chão. A cena gera um certo mal estar, mas é cortada pelo gesto de Harry, que aponta para o teto. Parece um clique no celular, parece buscar outra realidade, como ao se distrair nas telas. </p><p style="text-align: justify;"><span><span><span><span><span><span><span> Vê-se a imagem de uma 3ª dimensão, com planos diferentes e surreais, e as pessoas tirando suas roupas de trabalho. Não é exatamente uma cena sensual, remete muito mais à intimidade, à vulnerabilidade do corpo humano, na cena, em contato com a natureza, com o céu azul. </span><br /></span></span></span></span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span><span><span><span><span><span><span><span> O casal novamente tenta se reconectar, se encaram, estão deitados, tentam um abraço, mas não é possível. São cercados por outros, por grades e pelo rompimentos do chão. Há entre eles um olhar de resignação. Uma separação forçada pelas contingencias. Quem não passou por uma dessas durante a pandemia... </span><br /></span></span></span></span></span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span><span><span><span><span><span><span><span><span> Mas depois desse tipo de clarão, assim como depois de grandes momentos históricos, volta-se a andar em círculos, correndo e sem se encontrar. A música canta "Go home, get ahead, light-speed internet".</span><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span> E o mais incrível, no final, mesmo titubeando na roda girante, ele consegue se erguer e dançar. Aí o livre do corpo que dança e rompe com o movimento preestabelecido e repetido em orbita. Vai ao ar puro, num cenário de uma cidade comum, confere as roupas do corpo. Sim, são aquelas que apontam a liberdade na escolha, roupa de palco eu diria, mas certamente não é aquela pesada e protegida, e nem aquela que remetia a uma desproteção e exposição do corpo.</span><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span> O sujeito se percebe vivo, como quando voltamos a sair de casa sem mascara. Como quem sai de casa com a autenticidade, em conexão consigo mesmo. Dança e sorriso. O mundo não será como foi antes, e é tão bom quando, diante disso, se pode escolher que dança fazer. Não é algo simples. Nesse pós pandemia ainda temos os corpos e pensamentos marcados pelo incontrolável e temos adiante o desafio de sair da roda e dançar. </span><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span> <span> Para finalizar, não poderia deixar de citar Milton Nascimento e Beto Guedes: "Sei que nada será como antes amanhã..."</span></span><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span><span><span><span><span> </span><br /></span></span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span><span><span><span> </span><br /></span></span></span></p>Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-61149304866113257932022-06-27T07:23:00.003-07:002022-06-27T07:23:54.789-07:00PRECONCEITO, MULTIPLICIDADE E ESCOLA<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhwRdrza1415qSiTfJWnH4WVsz22HO7ZVvKrUIIkGW2hufhKIH28WiRF7UT34JuBZ-SUTeuGp4jbiWp8Gm0AsNB4XpGy4dqwUr3M-FgaRnQ4v3EcNqfUk2L-CFgjWg3XpClwxOl8Xp67SMn-alQbcAxNS0uAlBCzzaQB4q91Vf4JbAcBCGQQyHpyhPk" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="630" data-original-width="700" height="374" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhwRdrza1415qSiTfJWnH4WVsz22HO7ZVvKrUIIkGW2hufhKIH28WiRF7UT34JuBZ-SUTeuGp4jbiWp8Gm0AsNB4XpGy4dqwUr3M-FgaRnQ4v3EcNqfUk2L-CFgjWg3XpClwxOl8Xp67SMn-alQbcAxNS0uAlBCzzaQB4q91Vf4JbAcBCGQQyHpyhPk=w417-h374" width="417" /></a></div><p><br /></p>Saudações!! Segue Minha proposta de colocar aqui os ensaios que escrevi durante uma disciplina do doutorado. O tema desse é:<p></p><p><br /></p><p style="text-align: center;">PRECONCEITO, MULTIPLICIDADE E ESCOLA</p><p style="text-align: right;"><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> Taciano L. C. Domingues</span><br /></p><p><span><br /></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nos estudos sobre a
origem do homem, a antropologia relata que nos últimos vinte oito mil anos
existiam duas espécies de hominídeos, contudo somente o Homo Sapiens Sapiens
prevaleceu, o Homo Neanderthalensis foi extinto. Existem indícios de que essas
duas espécies tiveram contato, inclusive que uma causou o fim da outra
(BLUMRICH, 2020).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Existem referências
históricas da dificuldade da espécie humana em se relacionar com o diferente e com
a diferença. Para os Romanos e Gregos, todos outros povos da antiguidade eram
considerados bárbaros porque não falavam o mesmo idioma, não veneravam os
mesmos deuses e não tinham a mesma organização social (DICIO, 2021). Para se
tornar civilizado, o bárbaro teria que adotar os mesmos costumes do dito
civilizado. Sublinhamos que estamos descrevendo o comportamento de povos de há
mais de 2 mil anos, alguma semelhança com a atualidade não é mera coincidência.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Um exemplo mais próximo da
nossa história de como pode ser equivocada a apreensão da diferença, foi o
momento fundante do Brasil, Pindorama para os índios, em 1500 pelos
portugueses. O escrivão Pêro Alves Cabral retratou os autóctones como: primitivos,
inocentes, ingênuos; necessitando serem educados, catequizados e vestidos;
negando a cultura indígena (SEABRA, 2000). <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Uma poesia muito bonita
sobre isso, “ERRO DE PORTUGUÊS” de Oswald de Andrade, poeta e escritor paulistano,
ex-marido de Tarsila do Amaral, importante membro da Semana de Arte Moderna de
1922: “Quando o português chegou debaixo de uma bruta chuva. Vestiu o índio.
Que pena! Fosse uma manhã de Sol. O índio teria despido o português”. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Todavia teria um grau alento
se a: alteridade, estrangeiro, forasteiro, alienígena, diferente, esquisito, alheio
fossem conceitos, palavras e expressões usadas somente para outras nações e
etnias; sarcasticamente não, é entre os membros da mesma cultura que as
dessemelhanças ganham maior força e são alvo de discriminação e preconceitos.
Nossa sociedade usa e abusa de modelos e padrões de: conduta, corpos,
pensamentos, objetivos de vida, amores, conhecimentos e de ensino; excluindo e
marginalizando o que não se enquadra.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Parece uma insensatez
essas afirmações sobre um povo multicultural como o nosso, mas podemos fornecer
alguns dados sobre isso. O Brasil foi o país que realizou o maior número de
cirurgias plásticas estética no mundo em 2020, a rinoplastia como principal
(FOLHA VITÓRIA, 2021). Isso mostra uma grande preocupação com os padrões de
beleza. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A LGBTfobia expõe a
dificuldade em conviver com o diferente. Numa pesquisa realizada em 2016 com
estudantes LGBTs, 73% deles informaram que foram agredidos verbalmente devido a
sua orientação sexual ou comportamento. (POLETIZE!, 2021).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E quando as diferenças
não são externas, não são interpessoais, são intrapessoais? O ser humano não é
uniforme na sua subjetividade, ele pode ser acometido por sentimentos,
pensamentos e ações diferentes que expressam a multiplicidade e não a sua
unicidade (CARDOSO JUNIOR, 1996). Portanto, uma pessoa pode apresentar várias
características diferentes, dificuldades e potencialidades. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Um exemplo dessa
multiplicidade são os gênios humanos (superdotação) que também apresentavam
dislexia (transtorno que dificulta a aprendizagem através de uma perturbação na
leitura e na identificação de fonemas). O físico Albert Einstein foi um exemplo
dessa dupla condição, inclusive existem relatos que ele só começou a falar
depois dos 6 anos idade (DIVULGAÇÃO DINÂMICA, 2021), sofrendo no ambiente
escolar porque não se enquadrava nos padrões esperados para os estudantes, nem
para “mais” e nem para o “menos”. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Foucault (2009) descreve
a escola como uma instituição que busca moldar o ser humano, promovendo sua padronização.
Refletindo sobre os escritos desse autor, podemos supor que a escola pode
tratar os dois lados da dupla condição com dificuldade, uma vez que o
estabelecimento de educação pode lançar o mesmo olhar para o que foge da fôrma,
do que não é esperado, mesmo que seja uma superdotação. Na busca de uma
uniformidade dos alunos, pode ocorrer tanto estranhamento do que está “abaixo
da média” (medicando no caso da Dislexia) quanto o que está “acima da média”
(ignorando as suas altas habilidades).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt; mso-hyphenate: auto;"><b><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"> </span></b></p><p class="MsoNoSpacing"><b><span style="font-size: 12.0pt;">REFERÊNCIAS<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">BLUMRICH, L. Uma biografia pré-histórica. </span><b style="font-size: 12pt;">Revista de Arqueologia</b><span style="font-size: 12pt;">,
</span><i style="font-size: 12pt;">[S. l.]</i><span style="font-size: 12pt;">, v. 33, n. 2, p. 167–169, 2020.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">CARDOSO
JUNIOR, H. R. A origem do conceito de multiplicidade segundo Filles Deleuze. </span><b style="font-size: 12pt;">Trans/Form/Ação</b><span style="font-size: 12pt;">, São Paulo, 19:
151-161, 1996.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">FOUCAULT, M. </span><b style="font-size: 12pt;">Vigiar e punir: nascimento da prisão</b><span style="font-size: 12pt;">.
Rio de Janeiro: Vozes, 2009.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">POLETIZE!</span></b><span style="font-size: 12pt;">, c2021. Página inicial. Disponível
em: <https://www.politize.com.br/>.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">R7. </span><b style="font-size: 12pt;">FOLHA VITÓRIA</b><span style="font-size: 12pt;">, c2021. Página inicial.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">SEABRA, J. A.
Descoberta do outro na carta de Pero Vaz Caminha. <b>Revista de Letras e Culturas Lusófonas</b>, </span><i><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-language: PT-BR;">[S. l.]</span></i><span style="font-size: 12pt;">, </span><span style="font-size: 12pt;">n. 8, p. 63-71, jan./mar. 2000.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">SETE GRAUS. </span><b style="font-size: 12pt;">DICIO</b><span style="font-size: 12pt;"> – Dicionário Online de Português,
c2021. Página inicial.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">The
Education Club. </span><b style="font-size: 12pt;">Divulgação Dinâmica</b><span style="font-size: 12pt;">,
c2021. 20 personalidades famosas com dislexia. </span></p><p><br /></p>Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-34239178691757361332022-05-09T06:16:00.000-07:002022-05-09T06:16:41.602-07:00A leitora curiosa cansada<p><span>Compartilho com vocês um pequeno texto poético e despretensioso;</span></p><p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHdGWvWZc6z7sXO1p7TrCGskDL9U0OAhZh51yRBt_tgySCH32hLQDIrUNwuXISTyoApWWBa9NhL0zXUVFe8IocYe1zucdWUEEBF4AAD-s6oCwK-PbzbxV8J5-uAw1Jc80C8IQCNwafcEmHohYCdqjGAerdFPdGdLtXKGEsZ7I3buOr0L1sNZ-SlCNR/s600/rede.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="600" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHdGWvWZc6z7sXO1p7TrCGskDL9U0OAhZh51yRBt_tgySCH32hLQDIrUNwuXISTyoApWWBa9NhL0zXUVFe8IocYe1zucdWUEEBF4AAD-s6oCwK-PbzbxV8J5-uAw1Jc80C8IQCNwafcEmHohYCdqjGAerdFPdGdLtXKGEsZ7I3buOr0L1sNZ-SlCNR/s320/rede.webp" width="320" /></a></div><br /><p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><u>A leitora curiosa cansada</u></b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><o:p> Mariana R C Domingues</o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><o:p><br /></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">A leitora da
madrugada tentava vencer o sono com sua curiosidade pelas palavras que poderiam
lhe fornecer o desconhecido.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">As palavras em
fileiras organizadas da esquerda pra direita, alinhadas e estruturalmente
tornadas compreensíveis, com o passar das horas pareciam se embaralhar. Com
esforço no olhar ela retornava ao início da frase, o que dizia mesmo? A leitora
cansada começa a perceber que aquelas palavras não estão a lhe oferecer mais
nada. Mas insiste.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Então de súbito,
de uma ponta a outra da linha escrita, uma rede se forma e despeja palavras
escondidas. Uma rede tal como as de se deitar. Realmente estava cansada aquela
moça. Uma rede tecida sem linhas, mas apenas com aqueles significantes intrusos
a dançar pela tela do computador, nas entrelinhas. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Não era uma rede cognitiva, mas precisava se
libertar daquela cadeia não significativa. Não era uma rede social e nem
afetiva. Num sonho talvez poderia se embalar, mas tomba-lhe a cabeça.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Num piscar de
olhos tudo volta ao normal. O texto está inteiro ali a sua frente, desafiando
sua resistência a dormir, sua resistência física de maratonista, resistindo à
tentação de enredar-se numa rede de algodão, querendo manter-se no enredo
daquele saber.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Uma coisa ficou clara naquela madrugada: muitas palavras podem se esconder numa rede entrelinhas. </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><br /></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Rede – peça de tecido resistente
(de algodão, linho ou fibra) suspenso pelas extremidades, usado para dormir ou
embala</span>r.<o:p></o:p></p><br /><p></p>Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-21101877810442586762022-03-07T06:52:00.000-08:002022-03-07T06:52:33.974-08:00EVASÃO ESCOLAR E O VALOR DA EDUCAÇÃO<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi1gRF0NMIoCKT_F1d0Bpm_COqlfi4X8l-zV3xwdQhY81XRbIOJCOgp6cmaGBjvSI6wxIRCSlHgiV7cLWI_T4mOuxw3sr4r1PUI4L9emHl4HJGCzOyHAptaXGHGvteWu6fEm_cngxyNUuExKstDQEpKneplCPGEL3EZPpek3OdD-XjjYBLE6yBXQFl8=s450" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="331" data-original-width="450" height="337" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi1gRF0NMIoCKT_F1d0Bpm_COqlfi4X8l-zV3xwdQhY81XRbIOJCOgp6cmaGBjvSI6wxIRCSlHgiV7cLWI_T4mOuxw3sr4r1PUI4L9emHl4HJGCzOyHAptaXGHGvteWu6fEm_cngxyNUuExKstDQEpKneplCPGEL3EZPpek3OdD-XjjYBLE6yBXQFl8=w459-h337" width="459" /></a></div><br /><p></p><p></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%;"><strong><span style="background: white; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Saudações!! Segue outro ensaio
interessante que escrevi numa disciplina do doutorado. Seu tema é:</span></strong><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></b></p><p align="center" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Evasão Escolar e o Valor da Educação<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="right" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: right;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Taciano Luiz Coimbra Domingues<o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: right;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A economia de um país é
algo importante! Uma forma calcular o seu “tamanho” é através do seu Produto
Interno Bruto (PIB). Ele é formado pela soma de todos bens e serviços
produzidos pelo país durante um ano. O Brasil, apesar de ter perdido algumas
posições nos últimos dez anos, ocupou o 12 º lugar no ranking mundial
(DICIONÁRIO FINANCEIRO, 2021). Essa colocação foi embasada nos dados fornecidos
em abril de 2021 pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Nesse ranking, o
Brasil fica na frente de países como: Austrália, Espanha e Suíça. Cientes dessa
informação podemos dizer que o Brasil é um país pobre?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Na Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), os seus dados indicaram um aumento de 11,2% no índice de
pobreza no Brasil entre 2016 e 2017. Isso é muito preocupante porque com esse
aumento, em 2017 chegamos ao número de 53% dos brasileiros vivendo na pobreza extrema
(CHILDFUND, 2021), ou seja, a pessoa vive com menos de 1,90 dólares por dia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como podemos evidenciar,
o Brasil não é um país pobre de recursos econômicos, entretanto, tem um alto
índice de pessoas vivendo na miséria como consequência de uma má distribuição
de renda. Como poderíamos combater essa questão?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Evangelista e Shiroma
(2006) destacam que a partir dos anos 1990, vários autores começam a defender a
Educação como a solução de vários problemas sociais. Entre vários, os autores
apontam: o tratamento desigual das pessoas diante do sistema de justiça;
oportunidades econômicas e sociais oferecidas de acordo com características de
classe social, raça, credo e cor; falta de solidariedade entre os cidadãos,
inclusão social e pobreza.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Contudo como anda a
Educação num país tão desigual como o nosso? Principalmente em relação as
crianças e adolescentes que sofrem de forma direta os impactos da pobreza (COSTA
et al., 2016)? Se a Educação é um meio de superação da pobreza é importante
estarmos atento a um problema muito grave relacionado a esse direito
constitucional, que é a evasão escolar. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A PNAD (OBSERVATÓRIO DE
EDUCAÇÃO, 2021) forneceu dados alarmantes sobre essa questão. No ano de 2018,
40% dos brasileiros de 19 anos não haviam concluído o ensino médio. Dos jovens
ouvidos que não haviam terminado o ensino médio, 55% pararam de estudar no
ensino fundamental. O que leva nossas crianças e adolescentes a abandonarem a
escola?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Figueiredo e Salles
(2017) sublinham que a evasão escolar sofre influência de vários fatores:
subjetivos, familiares, do funcionamento da escola, da renda familiar,
dependência química, tráfico de drogas, gravidez na adolescência, violência
etc. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No entanto um fator
importante que muitas vezes não é mencionado nas pesquisas é o valor que a
sociedade brasileira dá para o estudante. O perfil da pessoa que lê livros,
entrega as tarefas em dia e se interessa em aprender é bem quisto na nossa
sociedade? Invejado? Admirado? Ou muitas vezes é chamado de “CDF”, “nerd” e
sofre chacotas e desdém dos colegas?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em 2020, o Brasil ficou
em 10º lugar na Olímpiada Internacional de Matemática (G1, 2021), melhor
resultado em 39 anos. Ficamos na frente de países como Canadá, França, Japão e
Alemanha. Algum leitor lembra desse feito e fato tão importante para nossa
Educação?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em um país em que o
principal título acadêmico é usado como pronome de tratamento de forma leviana
para agradar ou demonstrar respeito para “autoridades”, mas raramente para quem
tem o título <i style="mso-bidi-font-style: normal;">stricto sensu</i>, é
importante uma reflexão do que nós brasileiros realmente valorizamos como
objetivos de vida.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><b>Referências</b></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">CHILDFUND. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Childfundbrasil, </b>c2021. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">COSTA, J. S. S.
M. et al. </span><b style="font-size: 12pt;">Funções executivas e
desenvolvimento infantil: habilidades necessárias para a autonomia. </b><span style="font-size: 12pt;">São
Paulo: Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, 2016.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">FIGUEIREDO, N. G.
S.; SALLES, D. M. R. Educação Profissional e evasão escolar em contexto:
motivos e reflexões. </span><b style="font-size: 12pt;">Ensaio: aval. pol.
públ. Educ.,</b><span style="font-size: 12pt;"> Rio de Janeiro, v. 25, n. 95, p. 356-396, abr./jun. 2017</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">GLOBO COMUNICAÇÃO
E PARTICIPAÇÕES S. A. </span><b style="font-size: 12pt;">G1, </b><span style="font-size: 12pt;">c2021.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">SETE GRAUS. </span><b style="font-size: 12pt;">Dicionário Financeiro, </b><span style="font-size: 12pt;">c2021.</span></p><br /><p></p>Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-71325762148396142492022-01-24T05:19:00.001-08:002022-01-24T05:19:39.848-08:00TERRA<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> Mariana R C Domingues</o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p><br /></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O ser humano se faz no convívio
com os outros no seu ambiente. É o contato com sua realidade terrena e as características
biológicas e químicas que fazem uma troca possível e equilibrada que permite a
vida como a conhecemos. Ao longo da história, as civilizações humanas tratam de
melhor condicionar as forças da natureza para conseguir conforto e minimizar
possíveis efeitos destrutivos dos fenômenos naturais. Assim são pensadas as
casas, os encanamentos, as calhas, as janelas, as hidrelétricas, as torres, as
estradas... E neste viver civilizado uma infinidade de objetos são criados.
Coisas são feitas para utilidade, coisas são feitas como ornamento. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 3.0cm; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">“Coisas
são só coisas servem só pra derrubar, <o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 3.0cm; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">tem
seu brilho no começo, <o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 3.0cm; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">mas
se viro pelo avesso, <o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 3.0cm; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">são
um fardo pra carregar”. Chico César. <o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">E essas coisas que precisamos,
que não precisamos e queremos são feitas de materiais extraídos na natureza. Objetos
que são feitos de materiais da natureza transformada e, as vezes, quase
irreconhecível. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A busca por esses
materiais beira, e as vezes toca a insanidade. Quanta loucura e destruição se
fez na busca por metais... Podemos encontrar um exemplo disso nas fotos de
Sebastião Salgado sobre a Serra pelada; nos filmes ‘Olhe para cima”, ou até
mesmo na literatura no livro “Senhor dos anéis” que descreve uma montanha
devastada pela ganancia onde cavou-se um buraco fundo demais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Falando em buraco vamos falar de
alguns mineiros. Não aqueles que cavaram os buracos, mas aqueles que moram no
Estado de Minas Gerais. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Recentemente Samuel Rosa compartilhou
o comentário de outro mineiro Chico Pinheiro em suas redes sociais. No referido
trecho Chico conta que foi de carro do Rio de Janeiro até Belo Horizonte e que
ficou chocado com a paisagem. Lembrou de Drummond que alertou; Olhem as
montanhas! Contou que pelas estrada se via paredões a encobrir o trabalho das
mineradoras a roer as montanhas. As minas gerais estão se tornando cada vez
mais gerais, as minas a inverter as montanhas. Cito <em>Carlos Drummond de
Andrade</em>:</span><em><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"> <o:p></o:p></span></em></p>
<p style="background: white; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><em><span style="font-size: 11.0pt;"><o:p> </o:p></span></em></p>
<p style="background: white; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;"><em><span style="font-size: 11.0pt;">Confidência do
Itabirano,</span></em><span style="font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 3.0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;"><em><span style="font-size: 11.0pt;">Alguns anos vivi em
Itabira.</span></em><span style="font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-style: italic;"><br />
<em>Principalmente nasci em Itabira.</em><br />
<em>Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.</em><br />
<em>Oitenta por cento de ferro nas almas.</em><br />
<em>E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.</em></span><span style="font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;"><em><span style="font-size: 11.0pt;">A vontade de amar,
que me paralisa o trabalho,</span></em><span style="font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-style: italic;"><br />
<em>vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.</em><br />
<em>E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,</em><br />
<em>é doce herança itabirana.</em></span><span style="font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;"><em><span style="font-size: 11.0pt;">De Itabira trouxe
prendas diversas que ora te ofereço:</span></em><span style="font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-style: italic;"><br />
<em>esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil,</em><br />
<em>este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;</em><br />
<em>este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;</em><br />
<em>este orgulho, esta cabeça baixa…</em></span><span style="font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;"><em><span style="font-size: 11.0pt;">Tive ouro, tive
gado, tive fazendas.</span></em><span style="font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-style: italic;"><br />
<em>Hoje sou funcionário público.</em><br />
<em>Itabira é apenas uma fotografia na parede.</em><br />
<em>Mas como dói!<o:p></o:p></em></span></p><p style="background: white; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;"><span style="font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-style: italic;"><em><br /></em></span></p><p style="background: white; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;"><span style="font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-style: italic;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjrB8UC8MmD2YdQLbjjFqcBED5SNVoYgpX23SVLntttnzYN-jS3s3aM7ggnDdFmdDKtLW6Xy8o1q0DyDJmy3T4ol1i-DK1MfJuR69EBIfquD1sA1pVm_POvCk5e0yTn4-gdZoTBbNxfZ1RxapglDw7eePXuB-7WGFJgYI0-14fvQ1R4qNZSnpQ7r-_k=s300" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="200" height="412" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjrB8UC8MmD2YdQLbjjFqcBED5SNVoYgpX23SVLntttnzYN-jS3s3aM7ggnDdFmdDKtLW6Xy8o1q0DyDJmy3T4ol1i-DK1MfJuR69EBIfquD1sA1pVm_POvCk5e0yTn4-gdZoTBbNxfZ1RxapglDw7eePXuB-7WGFJgYI0-14fvQ1R4qNZSnpQ7r-_k=w274-h412" width="274" /></a></div><br /><em><br /></em><p></p>
<p style="background: white; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><em><span style="font-size: 11.0pt;"><o:p> </o:p></span></em></p>
<p style="background: white; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Esta imagem mostra a paisagem
descrita no poema de Drummond. No livro, a foto em branco e preto trazia a
visão da montanha ao fundo da mesma paisagem que a imagem atual traz, sem a
montanha.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Nesta ideia de montanha comida,
montanha furada, terra esburacada sem parcimônia para a produção de materiais
fica a reflexão: vale a pena juntar tantas coisas e ficar sem as montanhas?
Esta cultura que domina, parece prometer um mundo mágico em que é possível ter todas
as coisas e também as montanhas e suas terras. Trata-se da dificuldade em lidar
com a falta e castração próprias do ser humano. E o mais irônico é que no fim
das contas, se não for a montanha, é a terra que terá os homens. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-42120887331093335972022-01-14T06:52:00.000-08:002022-01-14T06:52:14.266-08:00PANDEMIA, ESCOLA E DESVALORIZAÇÃO DO PROFESSOR<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwqZHlFXcMI0gHsr1Q3qzDxtFw8eGqsFqA5t40MY3qYkLVq4eacp3n-uifiMzrxmfEvZ6SkTpQ3KnaveQrOzlfkT4grLwC7H47gDhSjcyM-TZTzLrd90yn93kRJ5qP4jywqZyb58WBTDY/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="345" data-original-width="563" height="325" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwqZHlFXcMI0gHsr1Q3qzDxtFw8eGqsFqA5t40MY3qYkLVq4eacp3n-uifiMzrxmfEvZ6SkTpQ3KnaveQrOzlfkT4grLwC7H47gDhSjcyM-TZTzLrd90yn93kRJ5qP4jywqZyb58WBTDY/w531-h325/professora.jpg" width="531" /></a></div><br /><p></p><p></p><p align="center" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: center;"><em><span style="background: white; color: #404040; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 11.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;"><br /></span></em></p><p align="center" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: center;"><em><span style="background: white; color: #404040; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 11.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Saudações!! Segue mais um ensaio que escrevi
durante uma disciplina do doutorado. Neste relacionamos os temas contidos no
título.</span></em><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; tab-stops: 104.8pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">PANDEMIA,
ESCOLA E DESVALORIZAÇÃO DO PROFESSOR<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="right" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: right;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">DOMINGUES, Taciano Luiz Coimbra<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ouvimos
um comentário que responsabiliza os professores pelo fechamento das escolas
durante a pandemia. O comentário provavelmente estava se referindo as aulas
presenciais, uma vez que os professores continuaram suas atividades docentes
através do ensino remoto. O comentário expressou culpabilização dos pais e
professores pela não ocorrência das aulas presenciais. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O Ministério da Saúde em Nota Informativa Nº
05/2020 – DGVS/SES/MS (BRASIL,2020) publicada em março de 2020 no “inicio da
pandemia no Brasil”, descreve uma série de cuidados que devem ser tomados para
se evitar o contágio com o Vírus Corona e entre eles o afastamento social.
Portanto a suspensão das aulas presenciais vai de acordo com as normas
sanitárias e não com a vontade de descanso dos professores. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Podemos compreender que o comentário ecoa duas
questões importantes no Brasil, a primeira é a incompreensão do que é uma
pandemia, um vírus e como acontece a sua proliferação. A segunda é da
desvalorização do principal profissional que trabalha com o conhecimento formal
e sua transmissão, ou seja; professor, docente etc.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Carl Sagan em seu livro O mundo assombrado
pelos demônios (SAGAN, 2006) descreve como a grande maioria da população ainda não
compreendeu a construção do conhecimento científico e seu funcionamento. Essa
afirmativa também é verdadeira para profissionais que passaram por formação
universitária. Esse autor discorre sobre a preocupação de um retorno ao
obscurantismo da Idade Média. Quando Sagan escreveu esse livro 1995, pareceria
improvável que 7% dos brasileiros acreditam que a terra é plana em 2019,
números constatados pelo Instituto Datafolha (GAIATO, 2020).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Essa pesquisa é apenas um indício da crise que
nosso pais passa já alguns anos. O Índice de desenvolvimento da Educação Básica
(BRASIL, 2019) em seus resultados em 2019, já estava aquém das suas metas, as
quais podemos concordar que são modestas comparadas a outras nações do mundo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Outro
indicio importante de um “analfabetismo científico” (SAGAN, 2006) fomentado
pela crise na educação é o não cumprimento dos protocolos sanitários voltados
ao COVID 19, ou o uso abusivo de medicamentos sem eficácia comprovada para o
tratamento precoce dessa virose.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Aqui
chegamos a nossa segunda questão, uma desvalorização do professor. Essa
depreciação aparece na forma de: salários baixos, condições insalubres de
trabalho, falta de investimento em capacitação, desatenção à saúde física e
mental desse profissional. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Diante das questões aqui discorridas, torna
possível compreender que o comentário reflete o desconhecimento de como
funciona a ciência e do papel primordial do professor na crise que estamos
passando.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Referências<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">BRASIL, Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. </span><b style="font-size: 12pt;">Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica.</b><span style="font-size: 12pt;"> Brasília, DF, 2019. Disponível em:
<http://ideb.inep.gov.br/resultado/>. Acesso em 23 abr. 2021.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">BRASIL.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. </span><b style="font-size: 12pt;">Nota Informativa Nº
05/2020 – DGVS/SES/MS.</b><span style="font-size: 12pt;"> Brasília,2020. Disponível em:<http://www.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2020/03/NOTA-T%C3%89CNICA-N%C2%BA5_-COVID_19_-18_03_2020.pdf>.
Acesso em 07 mai. 2021.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">GAIATO, K.
Milhões de brasileiros se declararam terraplanistas, diz Datafolha. </span><b style="font-size: 12pt;">Tecmundo</b><span style="font-size: 12pt;">, 2020. Disponível em: <https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150626-milhoes-brasileiros-declaram-terraplanistas-diz-datafolha.htm>.
Acesso em 07 mai. 2021.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">SAGAN, C. </span><b style="font-size: 12pt;">O mundo assombrado pelos demônios.</b><span style="font-size: 12pt;"> Rio
de Janeiro: Companhia de Bolso, 2006.</span></p><br /><p></p>Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-73183216722689551892021-11-30T05:20:00.001-08:002021-11-30T05:20:10.139-08:00PSICOTRÓPICOS, SOCIEDADE E EDUCAÇÃO ESCOLAR<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeQfai43EGv7ESQD9Y70iJ_tPeEttbcqGeZFZCKl41ldvfdAuUhmyHz1YJQnCE8PLDBRsd6pkJYNy6nP5D9vX1TcdrjXFWuo6BMjaUC4P5OpvNFvswCG_EtN7SjtHZjUXuBy7FwGIMG5A/s320/imagem.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="240" data-original-width="320" height="321" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeQfai43EGv7ESQD9Y70iJ_tPeEttbcqGeZFZCKl41ldvfdAuUhmyHz1YJQnCE8PLDBRsd6pkJYNy6nP5D9vX1TcdrjXFWuo6BMjaUC4P5OpvNFvswCG_EtN7SjtHZjUXuBy7FwGIMG5A/w429-h321/imagem.jpg" width="429" /></a></div><br /> <p></p><p align="center" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: center;"><em><span style="background: white; color: #404040; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 11.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Saudações!! A proposta de compartilhar ensaios
que escrevi durante uma disciplina do doutorado continua.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nesse ensaio relacionamos os temas contidos
no título.</span></em><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">PSICOTRÓPICOS,
SOCIEDADE E EDUCAÇÃO ESCOLAR<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="right" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: right;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">DOMINGUES, Taciano Luiz Coimbra<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O uso de substâncias psicotrópicos pelos seres
humanos não é algo recente, existem indícios de seu uso desde a antiguidade. Sodelli
(2010) sublinhou relatos antropológicos de várias culturas em que o ser humano procura
alterar o seu estado de consciência, utilizando vários métodos: dança, música,
privação, dor e poções. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Em seu livro O mal-estar na Civilização, Freud
(1996) alegou que estar consciente o tempo inteiro de tudo que acontece ao seu
entorno é algo insuportável, portanto, as pessoas constroem saídas para escapar
da realidade, entre elas os entorpecentes. Algo bem colocado na música Meu Caro
Amigo de Chico Buarque: “muita mutreta pra levar a situação, que a gente vai
levando de teimoso e de pirraça, e a gente vai tomando que também sem a cachaça,
ninguém segura esse rojão”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O III Levantamento Nacional sobre o uso de
drogas pela população brasileira (BRASIL, 2017) informou que na faixa etária de
12 a 65 anos aproximadamente 8% da população brasileira já usou maconha e 3,1%
cocaína. O uso de drogas legais como analgésicos opiáceos ocorreu em 0,6% e
benzodiazepínicos ansiolíticos em 0,4% da população brasileira. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O uso de drogas legais e ilegais também é
permeado por interesses econômicos. Leonardi e Matos (2020) comunicaram que no
Brasil a indústria farmacêutica vendeu 215 bilhões em medicamentos em 2019. A
indústria de Alimentos, que engloba bebidas e exportações, teve o número de
vendas três vezes maior. Não podemos esquecer que a produção de drogas ilegais
tem um ganho astronômico também.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O uso de fármacos vai além do uso terapêutico
ou recreativo. No século XIX, o Império Britânico utilizou o grande poder de
dependência do Ópio para possibilitar a entrada comercial no Império Chinês,
movimento conhecido como Guerra do Ópio (DUARTE, 2005). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Os psicotrópicos são substâncias que promovem alterações
no funcionamento nas vias/redes neurais e podem fomentar mudanças
comportamentais, além de causar dependência. Farias e outros (2016) salienta
que na sociedade ocidental existe um uso indiscriminado desses compostos com o
objetivo de tratar tanto doenças físicas quanto mentais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O uso irresponsável de psicotrópicos não é
restrito a determinada faixa etária. Um bom exemplo dessa afirmação, é o uso do
psicoestimulante Cloridrato de Metilfenidato, muito conhecido pelo seu nome
comercial Ritalina ou Concerta (CONCEIÇÃO et al., 2019). Segundo os autores,
esse composto aumenta a capacidade de concentração através da estimulação da
liberação dos neurotransmissores dopamina e noradrenalina.</span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Esse medicamento é geralmente utilizado para o
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, o qual os sintomas são
relacionados a desatenção, hiperatividade e impulsividade. </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Gomes, Gonçalves, Santos (2019) mencionaram
que de 2007 a 2014 foi constatado o aumento 775% nas vendas do Metilfenidato.
Outra informação importante revelada por esses autores é que muitas crianças
estavam tomando essa medicação sem terem sido diagnosticadas com o transtorno
acima citado.</span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">A Ritalina, nome comercial do metilfenidato, é um
psicoestimulante, prescrito majoritariamente no tratamento de crianças
diagnosticadas com TDAH. Sendo um estimulante, da família das anfetaminas (como
a cocaína), se consumida em certa dosagem, defende-se que auxiliaria no
desempenho de tarefas escolares e acadêmicas, pois aumenta a atividade das
funções executivas, aumentando a concentração, além de atuar como atenuador da
fadiga (SILVA et al., 2012, p.46).</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O
uso dessa medicação e esse transtorno estão diretamente relacionados ao
ambiente escolar. Ribeiro, Viegas, Oliveira (2019) comentam que muitas vezes
são os trabalhadores da educação escolar que solicitam a avaliação do aluno em
relação a TDAH e o uso metilfenidato. Situação preocupante, uma vez que a
escola teria que ser um espaço acolhedor para práticas alternativas de como
tratar problemas de comportamento e aprendizagem; e não uma adepta a
medicalização sem a busca de tratamentos alternativos, caso realmente diagnósticos
sejam confirmados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Outra
preocupação com do diagnóstico indiscriminado do TDAH e sua medicalização é a produção
de estigmas, Fernandes e Denari (2017) narram que pessoas estigmatizadas são
compreendidas como frágeis, impotentes, com problemas que causam desvantagem e
assim são vistas de forma depreciativa pela sociedade e em desvantagem, “o
aluno problema”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Nesse
ponto, podemos refletir sobre a contradição que se instala. Ribeiro, Viegas e
Oliveira (2019) esclarecem que os profissionais da educação escolar esperam que
o diagnóstico de TDAH e o uso de metilfenidato auxiliará no processo
ensino-aprendizagem, uma vez que esse fármaco “modularia” o comportamento do
estudante. Contudo a estigmatização desse aluno poderá promover outras
dificuldades que afetaram o processo de ensino-aprendizagem. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Referências<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">BRASIL, Fundação
Oswaldo Cruz. </span><b style="font-size: 12pt;">III Levantamento Nacional
sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira.</b><span style="font-size: 12pt;"> Rio de Janeiro, 2017.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">CONCEIÇÃO, A. P.
et al. Uso da Ritalina para o melhoramento acadêmico nos cursos de enfermagem e
farmácia. </span><b style="font-size: 12pt;">Revista Eletrônica
Interdiciplinar: </b><span style="font-size: 12pt;">Barra do Garças, v. 11, n.1, 2019..</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">DUARTE, D. F. Uma
breve história do ópio e dos opióides. </span><b style="font-size: 12pt;">Revista
Brasileira de Anestesiologia: </b><span style="font-size: 12pt;">Campinas, v. 55, n. 1, p. 135-146, 2005.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">FARIAS, M. S. et
al. Uso de Psicotrópicos no Brasil: Uma Revisão da Literatura. </span><b style="font-size: 12pt;">Revista Biofarm:</b><span style="font-size: 12pt;"> João Pessoa, v.12, n.
4, 2016.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">FERNANDES, A. P.
C. S.; DENARI, F. E. Pessoa com deficiência: estigma e identidade. </span><b style="font-size: 12pt;">Educação e Contemporaneidade:</b><span style="font-size: 12pt;"> Salvador,
v. 26, n. 50, p. 77-89, 2017.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">FREUD, S. </span><b style="font-size: 12pt;">O mal-estar na civilização </b><span style="font-size: 12pt;">[1930], In:
Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud,
vol XXI. Rio de Janeiro: Imago, 1976.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">GOMES, R. S.;
GONÇALVES, L. R.; SANTOS, V. R. L. Vendas de metilfenidato: uma análise
empírica no Brasil no período de 2007 a 2014. </span><b style="font-size: 12pt;">Revista Sigmae</b><span style="font-size: 12pt;">: Alfenas, v. 8, n. 2, p. 663-681, 2019.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">LEONARDI, E.;
MATOS, J. Industria farmacêutica tem crescimento acelerado. </span><b style="font-size: 12pt;">Tecnoblog</b><span style="font-size: 12pt;">, 2018.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">RIBEIRO, M. I.
S.; VIEGAS, L. S.; OLIVEIRA, E. C. O diagnóstico de TDAH na perspectiva de
estudantes com queixa escolar. </span><b style="font-size: 12pt;">Revista
Práxis Educacional</b><span style="font-size: 12pt;">: Vitória da Conquista, v. 15, n. 36 p. 178-201, 2019.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">SILVA, A. C. P.
et al. A explosão do consumo de Ritalina. </span><b style="font-size: 12pt;">Revista
de Psicologia da Unesp:</b><span style="font-size: 12pt;"> Assis, v. 11, n. 2, p. 44-57, 2012.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">SODELLI, M. A
abordagem proibicionista em desconstrução: compreensão fenomenológica
existencial do uso de drogas. </span><b style="font-size: 12pt;">Revista
Ciência e Saúde Coletiva: </b><span style="font-size: 12pt;">Rio de Janeiro, v. 15, n.3, p. 637-644, 2010.</span></p>Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-14883573910203781942021-11-06T18:04:00.001-07:002022-01-14T06:54:13.913-08:00LUTO E CAVALOS MARINHOS<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6DbVmJZ6x2Ry9NmxFhzLgtx_x2Ki7yz_4OWONxPlP4idgu0r8M-1i0q3C_utxDolN9RfxMLY_UPVYZTbCY-yoNx3DJoZUDKuoI44THOz0-8FWOSxG01VzHDvl4siSRkEQ02WSQo6eE7I/s400/vento-no-litoral-camren-7418026-201220161837.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="253" height="394" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6DbVmJZ6x2Ry9NmxFhzLgtx_x2Ki7yz_4OWONxPlP4idgu0r8M-1i0q3C_utxDolN9RfxMLY_UPVYZTbCY-yoNx3DJoZUDKuoI44THOz0-8FWOSxG01VzHDvl4siSRkEQ02WSQo6eE7I/w249-h394/vento-no-litoral-camren-7418026-201220161837.jpg" width="249" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><o:p> Mariana R. C. Domingues</o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><o:p><br /></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Neste últimos
tempos vivendo num contexto de pandemia mundial, falar sobre luto se tornou
algo frequente. Ouvindo a canção “Vento no litoral” da Legião Urbana, faço uma
interpelação entre o conceito psicanalítico de luto e a forma de abordagem da
letra que fala de uma perda.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Vou iniciar
apresentando brevemente o conceito de luto. Freud trabalhou sobre o assunto num
texto intitulado “Luto e Melancolia” de 1917. Diante da perda de alguém, ou de
um ideal é comum as pessoas apresentarem, por um tempo, um estado de desânimo,
baixa auto-estima, desinteresse, transtornos alimentares, transtornos do sono e
transtornos emocionais. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Neste texto
Freud traça diferenças entre os conceitos de luto e melancolia, vejamos algumas;
para Freud apenas a melancolia é patológica e o luto é algo natural e
necessário. Entende-se que, no luto o mundo fica sem graça e na melancolia esta
perda é vivida como se recaísse sobre o próprio eu. Apenas na melancolia há uma
espécie de diminuição do ego. Isso ocorre por que na melancolia há uma
identificação do eu com o objeto perdido e ocorre uma perda inconsciente. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">A visão de
funcionamento psíquico na psicanálise indica que as pessoas se ligam às outras
pessoas e objetos por meio da pulsão, da libido. O que ocorre diante da perda
de um objeto/pessoa amada é que uma quantidade de energia livre pode ter
dificuldades em se direcionar para outros objetos. No processo de luto as
pessoas podem dirigir a pulsão para outros objetos e interesses. Notamos isso
quando após a morte de um ente querido ou mesmo o fim de um relacionamento, uma
pessoa pode iniciar um novo hobby ou até mesmo envolver-se em algum trabalho.
Na melancolia essa pulsão volta-se para o próprio eu, dificultando a capacidade
de fazer vínculos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">São conceitos
interessantes que norteiam o trabalho com o processamento do luto e a forma
como podemos encaminhar as melancolias.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Agora vamos
voltar à canção. Trata-se de uma música de autoria de Renato Russo e Dado
Villa-Lobos, que foi lançada em 1991 no disco V. Vale a pena ouvir uma versão
em que Cassia Eller canta junto com Renato Russo, a arte torna-se mais
dramática.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Ressalto aqui
que não se trata de uma interpretação da música, pois acredito que explicar
obras e músicas é bem parecido com o ato de explicar uma piada, fazendo com que
o riso perca seu encanto. Proponho aqui, apenas associações que foram possíveis
a partir da letra musical e dos temas estudados. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">No parágrafo
inicial se coloca a sensação de buscar descanso, um encontro com a natureza,
que permitisse o esquecimento ou o aplacar da dor. Fica evidente que a dor da
perda não pode ser apagada por que os autores falam da presença interna do ser
que está ausente. É disso que se trata no limiar entre o luto e a melancolia,
não? A sensação descrita na música refere-se a presença da pessoa internamente,
mesmo com a consciência de que ela não está mais presente. Quando o apego ao
objeto perdido é muito forte pode haver uma confusão sobre quem afinal estaria
perdido. Muitas vezes aquele que perdeu alguém encontra-se perdido. No verso
que diz “o vento vai levando tudo embora” podemos pensar que o vento leva não
somente a dor, mas também tudo a seu redor deixando a sensação de vazio.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Outro aspecto
que aparece na música é o desamparo diante das situações de separações
irreparáveis como aquela gerada pela morte. Quando cantado, o verso que diz “o
que posso fazer” gera uma dúvida; trata-se de uma pergunta ou uma afirmação? O
processo de luto coloca as pessoas diante daquilo que é irremediável. Há algo
que foge do controle e que obriga o sujeito a seguir em frente. A imagem do
corpo que deixa a onda bater, me parece refletir esse sentimento. Como não há o
que fazer, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>deixar a onda levar torna-se
aquilo que é possível. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Mas nesse trecho
da música logo é apresentada uma resposta: “O que posso fazer é cuidar de mim.”
Bom, aqui há um norteador para o enfrentamento do luto, assim como no trecho
que diz que “se entregar é uma bobagem”. O autor mostra que apesar da tristeza,
precisa buscar o vento no litoral, e seguir o combinado: “lembra que o plano
era ficarmos bem”. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Na travessia
do luto esse olhar ao horizonte e ver mais além pode ser difícil, e o chamado
pelas ondas e pelo vento, parece uma tentativa de amenizar ou levar embora
aquele sofrimento. Mas, para além da letra, ouvindo a música sem notar qualquer
palavra, fica evidente que o sofrimento não é levado embora pelo vento no
litoral. Essa sensação de que a dor não vai acabar é descrita por pessoas nesta
situação. Mas o processo de luto, mesmo que doloroso, tem um tempo e deve
acabar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Enfim, o que
mais me chamou a atenção na música e me provocou na escrita deste texto foram
os cavalos marinhos. É muito interessante que ao final da música apareça uma interjeição
“Ei! Olha só o que eu achei”; é uma fala endereçada a alguém, e fala de um outro
ser, um bicho bonito: cavalos marinhos! Por um momento, ao se encantar com os
animais, o sujeito parece sair de sua dor. É um movimento que não tinha como
objetivo esquecer ou desviar; é um fenômeno em que um Outro que se insere.
Notadamente uma das questões que diferencia o luto da melancolia é justamente
poder se dirigir a outros objetos, poder seguir em frente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Finalizo com a letra da música:<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Vento no Litoral<o:p></o:p></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><o:p> </o:p></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #202124; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">De tarde eu quero descansar, chegar
até a praia e ver<br />
Se o vento ainda está forte<br />
E vai ser bom subir nas pedras<br />
Sei que faço isso pra esquecer<br />
Eu deixo a onda me acertar<br />
E o vento vai levando tudo embora<o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #202124; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Agora está tão longe<br />
Vê, a linha do horizonte me distrai<br />
Dos nossos planos é que tenho mais saudade<br />
Quando olhávamos juntos na mesma direção<o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #202124; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Aonde está você agora<br />
Além de aqui dentro de mim?<o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #202124; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Agimos certo sem querer<br />
Foi só o tempo que errou<br />
Vai ser difícil eu sem você<br />
Porque você está comigo o tempo todo<o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #202124; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E quando vejo o mar<br />
Existe algo que diz<br />
Que a vida continua e se entregar é uma bobagem<o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #202124; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Já que você não está aqui<br />
O que posso fazer é cuidar de mim<br />
Quero ser feliz ao menos<br />
Lembra que o plano era ficarmos bem?<o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #202124; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ei, olha só o que eu achei,
cavalos-marinhos<o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #202124; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sei que faço isso pra esquecer<br />
Eu deixo a onda me acertar<br />
E o vento vai levando tudo embora<o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #202124; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></i></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #202124; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Segue o link da música:</span></i></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;"><o:p style="background-color: transparent;"> </o:p><a href="https://www.youtube.com/watch?v=4iyIzerrXjE" style="background-color: transparent; text-align: justify; text-indent: 47.2px;">https://www.youtube.com/watch?v=4iyIzerrXjE</a></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-87171142431149888152021-10-14T18:36:00.003-07:002022-01-14T06:55:25.264-08:00PANDEMIA, TECNOLOGIAS DIGITAIS E ESCOLA<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkVFUbp38XBd8RRumM0diyLoU54r-_9auil8WRVpEhyqGuH05HUa2j6eu_sUua2whO1F7RF9eeDQ4XjCJt5uuSIkJ-7gAUElp7hJDY5Uti9RQnLYf9AzQjv9cc2ni3oz_XOyL_tcoNoIU/s600/albert_einstein_tenha_em_mente_que_tudo_que_voce_aprend_lp45803.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="315" data-original-width="600" height="259" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkVFUbp38XBd8RRumM0diyLoU54r-_9auil8WRVpEhyqGuH05HUa2j6eu_sUua2whO1F7RF9eeDQ4XjCJt5uuSIkJ-7gAUElp7hJDY5Uti9RQnLYf9AzQjv9cc2ni3oz_XOyL_tcoNoIU/w494-h259/albert_einstein_tenha_em_mente_que_tudo_que_voce_aprend_lp45803.jpg" width="494" /></a></div><br /> <p></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><em><span style="background: white; font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Saudações!! Segue a minha
proposta de compartilhar ensaios que escrevi durante uma disciplina do
doutorado que estou fazendo em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem
(UNESP - Campus de Bauru). Nesse texto relacionamos os temas contidos no
título.<o:p></o:p></span></em></p>
<p align="center" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Pandemia,
Tecnologias Digitais e Escola<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: right;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 16px; text-align: right;"> Taciano L. C. Domingues</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Estamos no meio de uma pandemia causada pelo vírus
Corona e na qual não existe uma previsão do seu término, aliás se isso vai ser
possível. O impacto da COVID 19 é tão relevante no momento atual que de acordo
com Chwarkz (2020) é o marco histórico para início do século XXI. Morin (2020) reflete
que a pandemia colocou várias questões em evidência: relações de poder, ação do
homem nas mudanças climáticas, desigualdade social, paradigmas científicos e
mesmo a educação escolar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Não sejamos ingênuos, uma vez que a educação
escolar no Brasil já estava com grandes problemas antes dessa crise mundial. O
Índice de desenvolvimento da Educação Básica (BRASIL, 2019) em seus resultados
em 2019, já estava aquém das suas metas, as quais podemos concordar que são
modestas comparadas a outras nações do mundo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Contudo
na pandemia uma questão se tornou extremamente relevante que é o uso de tecnologias
digitais na aprendizagem devido ao fechamento das escolas de forma presencial.
Habowski, Conte, Pugens (2020) explanam que tecnologias digitais são celulares,
computadores, aplicativos, internet etc. Essa discussão também não é atual,
principalmente sobre a sua presença nas instituições de ensino, sublinhamos em
2007, o governo de São Paulo sancionou a Lei nº 12.730 (MILAGRE, 2009) que
proibia celulares durante as aulas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Entretanto
Vercelli (2020) esclarece que essa situação mudou com a COVID 19. Se antes era
uma discussão teórica e experimental, ela passou a ser uma prática cotidiana,
visto que a transmissão do vírus ocorre no contato físico, não sendo
recomendado as “aglomerações em salas de aula”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O
uso de tecnologias digitais e virtuais na educação escolar suscitam várias
discussões entre os profissionais da área, as quais muitas vezes acabam numa
ótica maniqueísta (SILVA, 2006), construindo um binômio remoto X presencial;
tecnologias digitais X tecnologias tradicionais (material impresso, quadro
negro etc.). Não podemos esquecer que as crianças e jovens que estão cursando o
ensino fundamental e médio podem ser considerados <i style="mso-bidi-font-style: normal;">nativos digitais</i>, os quais construíram relações diferentes com as ferramentas
digitais, quando comparados com os <i style="mso-bidi-font-style: normal;">imigrantes
digitais</i> (VERZONI; LISBOA, 2015, p.459):<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 4cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Os
nativos digitais, nascidos nas últimas décadas do século XX e início do século
XXI, desenvolveram-se com jogos de computador, videogames, câmeras,
reprodutores de música digitais, email, internet e celulares como elementos
fundamentais de sua rotina. Por terem nascido na era digital — e por isso
expostos desde o início às várias tecnologias —, estes jovens pensam, percebem
e reagem de forma diferente em relação aos seus predecessores, os imigrantes digitais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Sobre
qual tecnologia é a melhor na educação escolar, numa perspectiva mais
integradora e entendendo a complexidade do ser humano (MORIN, 2007), tanto as
tecnologias digitais como as tradicionais são importantes para que a escola
cumpra o seu papel.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 4cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A
escola é uma instituição pertencente à sociedade e as tecnologias digitais
fazem parte da realidade contemporânea. A educação surge como possibilidade de
uma formação cultural problematizadora que articula racionalidade e
sensibilidade, na recriação e ressignificação do pensar e agir coletivo (HABOWSKI;
CONTE; PUGENS, 2020, P.31).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Dessa forma, as tecnologias digitais são
interessantes para a redução de custos, deslocamento e mesmo para a diminuição
do tráfego nas cidades. Também oferece acesso a informações de forma mais
rápida e eficiente, além de permitir que alunos que estão com alguma
dificuldade de locomoção possam assistir as aulas de forma remota (HABOWSKI;
CONTE; PUGENS, 2020). As aulas presenciais permitem um espaço de socialização e
aprendizagem para os alunos através da troca de experiências diretas,
promovendo o desenvolvimento de habilidades socioafetivas (COSTA et al., 2016).
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Portanto consideramos que nem tanto o remoto e
nem tanto o presencial, podemos pensar o ensino híbrido como forma de somar o
que era positivo antes da pandemia e o que estamos aprendendo com a pandemia
com as tecnologias digitais. Todavia não devemos esquecer que o acesso a essas
ferramentas pelos nossos estudantes depende de fatores socioeconômicos, os quais
em nossos país, necessitam de transformações urgentes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">REFERÊNCIAS</span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 12pt;">BRASIL, Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. </span><b style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: normal;">Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica.</b><span style="font-size: 12pt;"> Brasília, DF, 2017.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 12pt;">COSTA, J. S. S.
M. et al. </span><b style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: normal;">Funções executivas e
desenvolvimento infantil: habilidades necessárias para a autonomia. </b><span style="font-size: 12pt;">São
Paulo: Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, 2016.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 12pt;">HABOWSKI,
A. C.; CONTE, E.; PUGENS, N. de B. Crianças tecnologias: paradoxos educativos. </span><i style="font-size: 12pt;">In</i><span style="font-size: 12pt;">:
HABOWSKI, A. C.; CONTE, E. (orgs.). </span><b style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-style: italic;">Crianças e tecnologias</span>: influências,
contradições e possibilidades formativas.</b><span style="font-size: 12pt;"> São Paulo: Pimenta Cultura, 2020.
p. 14-42</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 12pt;">MILAGRE,
J. A. É legal a proibição de celulares nas escolas do Brasil? </span><b style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-style: italic;">Revista
Jus Navigandi</span></b><span style="font-size: 12pt;">, v. 14, n. 2128, 2009</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">MORIN, E. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Introdução ao pensamento complexo</b>. 3.
ed. Porto Alegre: Sulina, 2007. 120p.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 12pt;">MORIN, E. </span><b style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: normal;">É hora de mudarmos de via: As lições do
coronavírus. </b><span style="font-size: 12pt;">Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2020.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 12pt;">VERCELLI, L. C.
A. Aulas remotas em tempos de Covi-19: a percepção de discentes de um programa
de mestrado profissional em educação. </span><b style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: normal;">Revista
@mbienteducação</b><span style="font-size: 12pt;">, v. 13, n.2, p. 47-60, 2020.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 12pt;">VERZONI, A.;
LISBOA, C. Formas de subjetivação contemporâneas e as especificidades da
geração Y. </span><b style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: normal;">Revistas Subjetividades, </b><span style="font-size: 12pt;">v.
15, n.3, p.457-466, 2015.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 12pt;">SCHWARCZ, L. M. </span><b style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: normal;">Quando acaba o século XX.</b><span style="font-size: 12pt;"> São Paulo:
Companhia das Letras, 2020.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 12pt;">SILVA, M.K.
Sociedade civil e construção democrática: do maniqueísmo essencialista à abordagem
relacional. </span><b style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: normal;">Revista Sociologias: </b><span style="font-size: 12pt;">Porto
Alegre, n. 16, 156-179, jul/dez, 2006.</span></p>Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-1104632968451883862021-10-07T19:10:00.004-07:002022-01-14T06:56:24.615-08:00CARNALIDADE<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><b><u><span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Arial;">Carnalidade <o:p></o:p></span></u></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: right;">Mariana R. C. Domingues</p></blockquote><p> </p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Interessante notar que o ser humano
em seu dia dia, repleto de tarefas e finalidades muitas vezes se esquece de sua
realidade corporal. É muito comum pessoas entretidas numa atividade não se
darem conta da maneira como se acomodaram numa poltrona e depois ficar com o
corpo dolorido... Ah, aí sim vão lembrar de sua existência primordialmente
corporal. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Quando estudamos desenvolvimento
humano entendemos que há um processo longo e exigente até que o bebê humano se
reconheça em seu corpo, se aproprie dele (Dolto, 1997). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Merleau-Ponty fala de maneira
contundente a condição primeira do corpo vivo de carne e osso, num mundo visto
e que vê o tempo todo numa inter-relação constante que os funda.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 3cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Meio caminho entre o indivíduo espácio-temporal e a ideia,
espécie de princípio encarnado que importa um estilo de ser em todos os lugares
onde se encontra uma parcela sua. Nesse sentido, a carne é um ‘elemento’ do ser
(</span><strong style="box-sizing: border-box; cursor: pointer; display: inline-block;"><span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="box-sizing: border-box; text-align: start;">MERLEAU-PONTY, 2009</span></span></strong>).<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; letter-spacing: -0.25pt; line-height: 150%;"> O corpo está preso ao tecido das
coisas, diz Merleau-Ponty, ele também é sensível para elas, assim como também o
é para si. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 3cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Cada palpação de uma única mão, embora tenha seu visível e
seu tangível, está ligada à outra visão, à outra palpação, de modo a realizar
com elas a experiência de um único corpo diante de um único mundo, graças a uma
possibilidade de reversão, de reconversão de sua linguagem na delas,
possibilidade de reportar e revirar segundo a qual o pequeno mundo privado de
cada um não se justapõe àquele de todos os outros, mas é por ele envolvido,
colhido dele, constituindo, todos juntos, Sentiente em geral, diante de um Sensível
em geral. Ora, essa generalidade que faz a unidade de meu corpo, porque não se
abriria elas a outros corpos? [...]. Porque não existiria a sinergia entre
diferentes organismos, já que é possível no interior de cada um? (</span><strong style="box-sizing: border-box; cursor: pointer; display: inline-block;"><span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="box-sizing: border-box; text-align: start;">MERLEAU-PONTY, 2009</span></span></strong>).<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Assim o corpo está no mundo e faz
parte dele num complexo vívido e dinâmico. Neste sentido, me faz pensar no
momento atual em que vivemos com tantos encontros virtuais em que as pessoas
estão diante de câmeras conversando com outros em outro local no mundo, rodeado
de coisas que não vemos. Não se compartilha o que está a diante dos olhos de
quem olha para a câmera. A experiência carnal de habitar um espaço
compartilhado não ocorre. Tivéssemos uma câmera girando incessantemente em 360
graus teríamos uma ideia de onde o outro está inserido e visse versa. Mesmo
assim não seria compartilhado. E o pior de tudo é que apenas deixa explícito o
fato de que não sabemos mesmo de como é viver no corpo e na realidade do outro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Quando Merleau-Ponty aponta a não
delimitação dos limites do corpo, no sentido de que fazemos parte de um mundo
interligado e comunicado, novamente a situação da pandemia nos coloca a frontal
verdade de estar num mesmo planeta respirando na mesma atmosfera passível de
uma contaminação global. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 3cm; text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Nós nos colocamos tal como o homem natural, em nós </span><i style="box-sizing: border-box; text-align: start;">e</i><span style="text-align: start;"> nas coisas, em nós </span><i style="box-sizing: border-box; text-align: start;">e</i><span style="text-align: start;"> no outro, no ponto onde por uma espécie de </span><i style="box-sizing: border-box; text-align: start;">quiasma</i><span style="text-align: start;">, tornamo-nos os outros e tornamo-nos mundo <b>(</b></span><strong style="box-sizing: border-box; cursor: pointer; display: inline-block;"><span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="box-sizing: border-box; text-align: start;">MERLEAU-PONTY, 2009</span></span></strong>).<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Para finalizar cito uma artista nacional
Adriana Varejão, que traz em sua obra a crueza e violência de nossa colonização
em diversas obras como nesta a seguir, titulada Losango, 1997.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfehXCtsJMkPhLAJX4NqW_6HXpZW552rC9gV5TYpTBTVQBR85URZEFlLwXnRkknmTuO0r1qw3GS1lctcHcuHmwQhPC2qPlTvyAmJuwzYVWQQKp4kO6i3Ye7vInOHaX_8i-Ba26JQbAsTY/s800/90efe7b1781ca2bd4112d09cd853d714.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="462" data-original-width="800" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfehXCtsJMkPhLAJX4NqW_6HXpZW552rC9gV5TYpTBTVQBR85URZEFlLwXnRkknmTuO0r1qw3GS1lctcHcuHmwQhPC2qPlTvyAmJuwzYVWQQKp4kO6i3Ye7vInOHaX_8i-Ba26JQbAsTY/w484-h280/90efe7b1781ca2bd4112d09cd853d714.jpg" width="484" /></a></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> Na coleção “Grandes pintores
brasileiros”, há um trecho em que a artista relata como foi vivido o encontro
com sua obra:</span><!--[if gte vml 1]><v:shapetype
id="_x0000_t75" coordsize="21600,21600" o:spt="75" o:preferrelative="t"
path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" filled="f" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter"/>
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"/>
<v:f eqn="sum @0 1 0"/>
<v:f eqn="sum 0 0 @1"/>
<v:f eqn="prod @2 1 2"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @0 0 1"/>
<v:f eqn="prod @6 1 2"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="sum @8 21600 0"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @10 21600 0"/>
</v:formulas>
<v:path o:extrusionok="f" gradientshapeok="t" o:connecttype="rect"/>
<o:lock v:ext="edit" aspectratio="t"/>
</v:shapetype><v:shape id="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75" alt="Adriana Varejão | Notícias | obras em 2020 | Adriana varejao, Pintura figurativa, Jardim das delícias"
style='width:472.2pt;height:272.4pt'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\WINDOW~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.jpg"
o:href="https://i.pinimg.com/originals/90/ef/e7/90efe7b1781ca2bd4112d09cd853d714.jpg"/>
</v:shape><![endif]--></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 3cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Me
voltei para Minas, para suas pequenas cidades históricas, suas montanhas,
cachoeiras e pedras, e especialmente para Ouro Preto. Aquelas igrejas eram
caixas de joias que guardavam complexas e fascinantes joias carnívoras, capazes
de ingerir qualquer elemento alheio, fragmentos dispersos, acumulando-os,
deformando-os e integrando-os ao seu universo sagrado (Moraes, M. 2013, p. 20).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Outras obras da artista tratam da
sexualidade e exploram a crueza do ser encarnado literalmente. Moraes (2013)
afirma que o trabalho da artista desde o início vem marcado pela presença de
dois elementos recorrentes: o azulejo (alusão aos colonizadores europeus) e a
carne – claramente anedótica, teatralizada, numa violência muitas vezes
chocante de um realidade vivida intimamente por todos – ser corpo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p></p>
<p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS<o:p></o:p></p>
<p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p></p>
<p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">DOLTO.
F. <b>Quando surge a criança</b>. Campinas:
Ed. Papiros, 1997.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">MERLEAU-PONTY M. <b>O visível
e o invisível.</b> São Paulo: Perspectiva, 2009. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p>
<p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"> MORAES, M. <b>Adriana Varejão</b>. Coleção Folha. Grandes Pintores Brasileiros. São
Paulo: Instituto Itau Cultural, 2013.<o:p></o:p></p>
<p><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: justify;"> </span> </p>Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-43966649609202091652021-09-26T11:48:00.003-07:002022-01-14T06:57:30.292-08:00DESENHOS ANIMADOS, INFÂNCIA E MANIQUEÍSMO<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span color="rgba(0, 0, 0, 0.9)" style="background-color: white; font-family: Georgia, "Source Serif Pro", serif; font-size: 0.975em; font-style: var(--artdeco-reset-typography-font-style-italic); text-align: left;"><br /></span></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0P_kx0E_ufbIw9p53c07Jc5RkHxKPid2Z9EDCTYwzW135zbjFpDcYR1ocJ0DT3W3qNdyzqOu7E-1S2VCSGEyYYBzRgf_5DKlbMV4FHzx7MoANZr7DSwVGIgelD1cJ2EuVMyAzZtr7ASo/s600/imagem.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="315" data-original-width="600" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0P_kx0E_ufbIw9p53c07Jc5RkHxKPid2Z9EDCTYwzW135zbjFpDcYR1ocJ0DT3W3qNdyzqOu7E-1S2VCSGEyYYBzRgf_5DKlbMV4FHzx7MoANZr7DSwVGIgelD1cJ2EuVMyAzZtr7ASo/w451-h236/imagem.jpg" width="451" /></a></div><br /><span color="rgba(0, 0, 0, 0.9)" style="background-color: white; font-family: Georgia, "Source Serif Pro", serif; font-size: 0.975em; font-style: var(--artdeco-reset-typography-font-style-italic); text-align: left;"><br /></span><p></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span color="rgba(0, 0, 0, 0.9)" style="background-color: white; font-family: Georgia, "Source Serif Pro", serif; font-size: 0.975em; font-style: var(--artdeco-reset-typography-font-style-italic); text-align: left;">Saudações!! Início minha proposta de compartilhar ensaios que escrevi durante uma disciplina do doutorado que estou fazendo em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem (UNESP - Campus de Bauru). No primeiro texto relacionamos os temas contidos no título.</span></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br /></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span color="rgba(0, 0, 0, 0.9)" style="background-color: white; font-family: "Source Serif Pro", serif; font-size: large; font-weight: var(--artdeco-reset-typography-font-weight-bold); text-align: start; text-indent: 0px;"><br /></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span color="rgba(0, 0, 0, 0.9)" style="background-color: white; font-family: "Source Serif Pro", serif; font-size: large; text-align: start; text-indent: 0px;"><b>Desenhos animados, Infância e Maniqueísmo</b></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span color="rgba(0, 0, 0, 0.9)" style="background-color: white; font-family: "Source Serif Pro", serif; font-size: large; text-align: start; text-indent: 0px;"><b><br /></b></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: right; text-indent: 35.4pt;"><span color="rgba(0, 0, 0, 0.9)" style="background-color: white; font-family: "Source Serif Pro", serif; font-size: large; text-align: start; text-indent: 0px;">Taciano L. C. Domingues</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span color="rgba(0, 0, 0, 0.9)" style="background-color: white; font-family: "Source Serif Pro", serif; font-size: large; text-align: start; text-indent: 0px;"><b><br /></b></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: medium;">No dia 28 de março de 2021, a Folha de S.
Paulo no seu caderno C8 publicou a matéria intitulada “A (des)culpa de Pepe Le
Pew” sobre a retirada desse personagem fictício da nova versão do filme: Space
Jam. Pepe Le Pew é um cangambá com trejeitos de um conquistador estereotipado
francês que persegue implacavelmente uma gata, que a todo custo tenta escapar
das suas investidas, além do seu mal cheiro (WIKIPÉDIA, 2021).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: medium;">A iniciativa de exclusão do Pepe Le Pew do
filme, que atualmente recebe o nome de cancelamento, uma tradução tosca do
inglês <i style="mso-bidi-font-style: normal;">cancel</i> para o português
(PIRES, 2020). O termo utilizado nos tribunais da internet, representa uma
discordância de aspectos que os internautas não aprovam, seja pelo
politicamente correto, seja por comportamentos ou opiniões de animais
fictícios, como no presente texto, mas sobretudo de pessoas, organizações e
governos.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: medium;">Sob a égide do bem maior, esses movimentos
promovem campanhas de cancelamento, as quais geram vários efeitos, entre eles
econômicos, uma vez que existe uma relação direta com a cultura de massa, a
venda de produtos e consumidores (ODININO; SOUZA, 2020).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: medium;">Existem várias possibilidades de pensar esse
fenômeno atual, uma delas com raízes antigas que tratam da moralidade é a visão
maniqueísta de mundo. Ela está presente em nossa vida cotidiana e teve vários
momentos de grande evidência na história ocidental. Dividir o “mundo” em dois
polos, lados, ideologias e comportamentos facilita o entendimento das pessoas,
além de contribuir para escolhas mais fáceis, uma vez que tudo se resume a duas
possibilidades: bem e mal, direita e esquerda, machismo e feminismo,
capitalismo e comunismo (SILVA, 2006).<span style="color: red;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: medium;">O maniqueísmo está inserido nas relações que
estabelecemos, no ciclo da vida, como por exemplo no olhar sobre as crianças. Ocorre
uma associação das crianças como anjos devido a suposta inocência e pureza (ARIÈS,
1981), como percebemos em pinturas e esculturas, em oposição a figura de
demônios. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: medium;">A visão adultocêntrica da criança como uma
tábula rasa, inocente e ingênua, onde seria moldável, pressupostos difundidos
pelo filósofo John Locke. Freud (1976) em seus estudos chocou o mundo da sua
época quando escreveu sobre a sexualidade infantil. Isso custou um movimento de
“cancelamento” dele na Viena vitoriana, não propiciando a sua entrada nos meios
acadêmicos (FREUD, 1976).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: medium;">A criança vista como um ser virginal, está
atrelada a visão maniqueísta de bem e mal. Visão presente até hoje, entretanto
tem perdido força com o desenvolvimento das ciências que estudam a infância
(DESSEN ET AL, 2008). A criança é um ser em desenvolvimento e carrega
potencialidades, é um sujeito de direitos de acordo com o nosso Estatuto da
Criança e do Adolescente.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: medium;">Por sermos seres socialmente construídos,
complexos (MORIN, 2007), o tornar-se humano é pluralista e multidimensional.
Sofremos influência do ambiente e da cultura que pertencemos, seria imprudente
achar que as crianças não sofrem influência da mídia, e aqui mais
especificamente dos desenhos animados. Contudo, esses mesmos desenhos já não
são os mesmos de um mundo pós 2ª guerra mundial e a criança não é um
receptáculo passivo (ODININO; SOUZA, 2020).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: medium;">A internet permitiu uma liberdade de escolha em
relação ao que assistir. Outras culturas produzem desenhos que não seguem uma
lógica simplista de vilão e herói como apregoada pela cultura ocidental
maniqueísta, uma boa prova disso, são os animes japoneses, onde existem
personagens que são multideterminados e complexos, e não seguem uma tendência
messiânica (WEINTERSTEIN, 2009).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: medium;">Dessa forma, se as escolas utilizam os
desenhos de uma forma complementar (ODININO; SOUZA, 2020), ou somente de lazer;
devem estar atentas as tendências atuais, uma vez que o infante mantém um
contato diário com animações, assistindo personagens que possuem condutas
diferentes, ou conhecendo outras formas de agir que vão além do núcleo familiar
ou da sua comunidade, escapando assim de uma visão maniqueísta do mundo.</span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">REFERÊNCIAS</span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">ARIÈS, P. </span><b style="font-size: 12pt;">História social da criança e da família</b><span style="font-size: 12pt;">.
Rio de Janeiro: Guanabara, 1981.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; font-size: 12pt;">DESSEN,
M. A.; COSTA JUNIOR., Á. L. (Orgs.).</span><b style="font-size: 12pt;">A
ciência do desenvolvimento humano. Tendências atuais e perspectivas futuras. </b><span style="background-color: white; font-size: 12pt;">Porto
Alegre, RS: Armed. 278p.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">FREUD, S. </span><b style="font-size: 12pt;">Um estudo autobiográfico </b><span style="font-size: 12pt;">(1925 [1924]),
In: Edição Standard Brasileira das Obreas Psicológicas Completas de Sigmund
Freud, vol XX. Rio de Janeiro: Imago, 1976.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">MARTINS, R.
V.;MELO, R. A. V. Combatir el Maniqueísmo por médio de la educacion. </span><b style="font-size: 12pt;">Revista Educação em Debate. </b><span style="font-size: 12pt;">Fortaleza, n.76,
p. 48-56, 2018. </span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">MORIN, E. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Introdução ao pensamento complexo</b>. 3.
ed. Porto Alegre: Sulina, 2007. 120p.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 12pt;">ODININO, J. D. P.
Q.; SOUZA, G. J. A. de. Desenho animado e imaginário infantil de massa:
narrativas, mito e mídias na mediação escolar. </span><b style="font-size: 12pt;">Revista Eletrônica de Educação</b><span style="font-size: 12pt;">,
v. 14, p. 1-18, e3772015, 2020.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 12pt;">Pepé Le Pew In:
Wikipédia: a enciclopédia livre. </span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 12pt;">PIRES, V. C. C. </span><b style="font-size: 12pt;">Gerenciando Crises na era da cultura do
cancelamento virtual: Estudo de caso marca Boca Rosa Beauty.</b><span style="font-size: 12pt;"> 2020, 54f.
Monografia (Graduação em Publicidade e Propaganda) – Universidade do Sul de
Santa Catarina, Palhoça, 2020. </span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 12pt;">SILVA, M.K.
Sociedade civil e construção democrática: do maniqueísmo essencialista à
abordagem relacional. </span><b style="font-size: 12pt;">Revista
Sociologias: </b><span style="font-size: 12pt;">Porto Alegre, n. 16, 156-179, jul/dez, 2006. </span><span style="background-color: white; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="background: white; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">WINTERSETEIN,
C. P. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mangá e animes: sociabilidade
entre <i style="mso-bidi-font-style: normal;">cosplayers e </i>otakus. </b>2009,
79f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Universidade Federal de
São Carlos, São Carlos, 2009. </span></p><span color="rgba(0, 0, 0, 0.9)" style="background-color: white; font-family: Georgia, "Source Serif Pro", serif; font-size: 0.975em; font-style: var(--artdeco-reset-typography-font-style-italic);"></span><p></p>Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-87709100714831319312018-08-12T10:37:00.002-07:002018-08-12T10:40:41.027-07:00Vamos Ler Lacan? É com muita satisfação que estou postando hoje um convite àqueles que desejam estudar psicanálise sob a ótica de Lacan. A ideia é formar uma espaço para a leitura e reflexão deste autor que tanto contribui para diversas áreas do saber e das artes.<br />
Poderão se inscrever psicólogos, médicos e profissionais de outras áreas que tenham conhecimento prévio de psicanálise. também podem se inscrever estudantes de psicologia que estejam no 4º ou 5º ano.<br />
Inscrições até 20/08/2018<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzHhDNcUUgvZT-wf62z5wsRkRT20sh6JMwhs8Hhmqb85Xm_uyLVNvCyQxxykUYjFtEy8r_zXivndLSN7tFBEjLT8CrO9S_moZ1K7OpOZxRc4o1zUI-bv2h4Jf64qiVouUkSvHZ_cDVChc/s1600/folder+estudar+lacan.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="704" data-original-width="503" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzHhDNcUUgvZT-wf62z5wsRkRT20sh6JMwhs8Hhmqb85Xm_uyLVNvCyQxxykUYjFtEy8r_zXivndLSN7tFBEjLT8CrO9S_moZ1K7OpOZxRc4o1zUI-bv2h4Jf64qiVouUkSvHZ_cDVChc/s640/folder+estudar+lacan.png" width="456" /></a></div>
<br />Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-88321783360684384492018-03-11T11:48:00.002-07:002018-03-11T11:53:48.959-07:00<b>DIA INTERNACIONAL DA MULHER</b><br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O
“dia internacional da mulher” me causa certo incomodo. Ainda muito jovem percebia
esse dia como uma troca de cumprimentos, flores e chocolates. Como parte de uma
geração já mais igualitária, muitas vezes nem percebia as ideologias de gênero
que permeiam a nossa sociedade. Mas estudar a feminilidade foi meu foco de
interesse por alguns anos e certa vez ouvi uma AMIGA feminista dizer que feliz
seria o dia em que não fosse necessário comemorar o dia da mulher. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A partir deste comentário, o Dia da Mulher se
tornou uma data meio que de desgosto. Esse ano vi uma mensagem circulando nas
redes sociais que me chamou a atenção: “No dia 08 de março não dê florzinha nem
chocolates, dê respeito”. Aí sim! Gostei da mensagem, compartilhei em diversas
mídias. Porém, também não quis perder as flores e chocolates que eventualmente
pudesse ganhar... e acrescentei que aceitaria estes presentes durante todo o
ano. Neste ato percebo minha atitude considerada por alguns como feminina de querer tudo ao mesmo tempo: a
liberdade da camponesa e a majestade da princesa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>As
lembrancinhas bem intencionadas e cheias de afeto podem disfarçar as dores
desta data, mas as notícias escancaram o assunto. A mídia costuma mostrar <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que ainda é uma realidade o grande número de
ocorrências de violência doméstica, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>diferenças salariais, as vítimas de abuso e
exploração sexual, as vítimas da moda, a enorme quantidade de mulheres
sobrecarregadas, deprimidas, estressadas e com transtornos alimentares. E não
adianta mostrar, na sequencia, as histórias de algumas mulheres maravilhosas
que se sobressam e que também merecem uma reportagem como qualquer homem que o
faça. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Acredito
que, cada vez mais, nos distanciamos de uma sociedade dual que se divide entre
feminino e masculino. Não que acredite que as questões de gênero sejam
puramente culturais, mas a polarização vivida na família burguesa perde cada
vez mais seus admiradores. Mesmo assim, infelizmente ainda precisamos comemorar,
ou até mesmo lamentar esse dia. Ainda me parece necessário que seja falado
sobre a história que a humanidade vai desenhando em torno da função, do
tratamento, da atuação e responsabilidade das mulheres. Meu desejo nesta data é
que, pensando nas atrocidades e nos pequenos preconceitos ainda cometidas
contra as mulheres, possamos alcançar mais respeito.<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjINiWfNrlzt8dQHDl6cCJ-YnmVCOrPFcP4DQu4Ci5fAjaH-FH5MGvJGJSSsGTkbQglYXKO91UJmB2VE5Y5epLHTOBuGzFH0I5H-idYA46b0Mk01K7gGBnEFplfzJxeOphah-E92q1BAXY/s1600/mulher+blog+1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="512" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjINiWfNrlzt8dQHDl6cCJ-YnmVCOrPFcP4DQu4Ci5fAjaH-FH5MGvJGJSSsGTkbQglYXKO91UJmB2VE5Y5epLHTOBuGzFH0I5H-idYA46b0Mk01K7gGBnEFplfzJxeOphah-E92q1BAXY/s200/mulher+blog+1.png" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxi503CH448w_56TxprKaEdY4FIC3-z8al9YUVxBLiu3GNYX_SBKWOJaHR1G_2dUUMDoV5qQuVXvkame1q_AVOuqWGGmuv4BOrZwTEL1dP5pkqsrgU9WPxC4qtgnfzoc2AONrJJua2OQo/s1600/mulher+blog+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="512" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxi503CH448w_56TxprKaEdY4FIC3-z8al9YUVxBLiu3GNYX_SBKWOJaHR1G_2dUUMDoV5qQuVXvkame1q_AVOuqWGGmuv4BOrZwTEL1dP5pkqsrgU9WPxC4qtgnfzoc2AONrJJua2OQo/s200/mulher+blog+2.png" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh2YHfJ9fFGk9S_FHvUx8-y8s-iVLy39SPFV7mAewokLzm9ConberFSmyOUcWvtIRHz6Kf2gQyiCXeA4zzQRJ71PSyMCpIiY61Erz_8Bwhvll-bGfNWlD4NOSU5uUiYe-U4YizDgzAPME/s1600/mulher+blog+3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="512" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh2YHfJ9fFGk9S_FHvUx8-y8s-iVLy39SPFV7mAewokLzm9ConberFSmyOUcWvtIRHz6Kf2gQyiCXeA4zzQRJ71PSyMCpIiY61Erz_8Bwhvll-bGfNWlD4NOSU5uUiYe-U4YizDgzAPME/s200/mulher+blog+3.png" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span></div>
<br />Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-32219691391279250822016-07-27T13:29:00.000-07:002016-07-27T13:29:15.781-07:00Crise no Brasil e o sujeito entre o Público e o Privado<br />
<br />
Muito difícil assistir aos telejornais e ler as notícias brasileiras e mundiais ultimamente. São tantas incertezas assolando nosso organismo que muitas pessoas vacilam sobre a necessidade da informação. A sensação de que nada podemos fazer traz acomodação e marasmo político. Mas espere! O povo foi pras ruas manifestar opiniões divergentes, muita gente está satisfeita com a possibilidade de derrubar um presidente, muita gente defende a existência de uma injustiça. O quadro de questionamento sobre a transparência deste processo e sua confiabilidade parece minar ou pelo menos macular o idealismo envolvido. A incongruência é tamanha que após apresentação dos mesmos fatos no processo de impeachment, que tem sido transmitido na TV senado e em diversos momentos nos canais fechados de notícias, o senadores chegam a conclusões diferentes.<br />
Assim, o cidadão brasileiro pode vivenciar a: contradição - quando duas verdades opostas possuem o mesmo valor e permanecem lado a lado. O fato pode parecer tão paradoxal que aproxima-se de uma sensação de loucura, no sentido de desmantelamento.<br />
Diante disso algumas pessoas defendem veementemente um dos lados, outros vivenciam um rompimento com o assunto, motivado pela descrença e sensação de impotência.<br />
<br />
<br />
Mas afinal por que falar de política num blog de psicologia? É que nada passa desapercebido pelo inconsciente. Certamente o clima social e politico penetra nas nossas entranhas de forma mais ou menos perceptível para cada um. Isso não é nenhuma novidade, a especulação infuencia as bolsas de valores, mas também influencia no dia dia de nossas famílias. É tão comum ouvir as pessoas falarem que gostariam de morar em outro país. Paira no ar uma infelicidade nacional, principalmente quando se questiona a credibilidade dos procedimentos que se dizem contrários a corrupção e quando os próprios senadores afirmam não acreditarem na honra do congresso.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGoVNLNgJb1hrEyhKyx5Hd_yMvpYgQ7PH2WnEw7bN5o1eJvoMIdHy30u8Acnwr00f3S9ARw_6gy2jIOINw8xpSy6BwZ5v5w2RUQGvXB9hSkZaxweTeedQKKrb-PchhmGf4AgrmWDC6PT0/s1600/paisagem-bandeira-do-brasil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGoVNLNgJb1hrEyhKyx5Hd_yMvpYgQ7PH2WnEw7bN5o1eJvoMIdHy30u8Acnwr00f3S9ARw_6gy2jIOINw8xpSy6BwZ5v5w2RUQGvXB9hSkZaxweTeedQKKrb-PchhmGf4AgrmWDC6PT0/s320/paisagem-bandeira-do-brasil.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Assim como na clínica é importante conhecer bem os fatos, manter posicionamento aberto e crítico, livre de radicalismos. E nunca esquecer que mesmo sem perceber todo ato é político.<br />
<br />Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-37062335255602851002014-08-26T21:35:00.001-07:002014-08-26T21:35:22.443-07:00Pessoal amanhã estarei realizando a palestra de abertura da Semana de Psicologia do Unisalesiano!<div>
<br /></div>
<div>
Vou falar sobre a obra de Shakespeare "O mercador de Veneza" e suas relações sobre o feminino em Freud e Lacan.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Estão todos convidados!</div>
<div>
Segue a programação!</div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Abraços Mariana<a href="https://fbcdn-sphotos-a-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xpa1/v/t1.0-9/s526x395/10628180_10201403378046784_1670894775499330464_n.jpg?oh=b7fc1f5623e29fadbd3f4fe70662794d&oe=5474770E&__gda__=1415417329_c39966c2bea6298d599cbd9aafa9b802" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://fbcdn-sphotos-a-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xpa1/v/t1.0-9/s526x395/10628180_10201403378046784_1670894775499330464_n.jpg?oh=b7fc1f5623e29fadbd3f4fe70662794d&oe=5474770E&__gda__=1415417329_c39966c2bea6298d599cbd9aafa9b802" width="230" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-67812858807378481242014-05-19T18:43:00.000-07:002014-05-19T18:43:57.154-07:00Hoje escrevo com muita satisfação para informar sobre a publicação de mais um texto científico.<br />
<br />
Trata-se do artigo<b><u> "Estudo epistemológico da teoria freudiana da feminilidade"</u></b> que foi publicado na Revista Diálogo da Universidade Unilasalle de Canoas /RS.<br />
<br />
Neste artigo resgatei alguns assuntos abordados em minha dissertação de mestrado e acrescentei novas considerações obtidas de minha prática profissional.<br />
<br />
Acesse nosso artigo e também conheça a revista pelo link:<br />
<br />
<a href="http://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/Dialogo">http://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/Dialogo</a><br />
<br />
Resumo<br />
<div style="background-color: white; color: #111111; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;">
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Muitas vezes, se questiona o papel da psicanálise nas discussões sobre gênero. O presente artigo tem como objetivo realizar um retorno à teoria freudiana sobre a mulher e a feminilidade. A primeira parte do artigo trata das concepções do feminino provenientes dos estudos sobre afecções psicológicas, como a histeria e a fobia. A segunda parte disserta sobre a importância que Freud conferiu aos aspectos do contexto social para o desenvolvimento das mulheres. Freud afirma que a diferença anatômica entre os sexos é a base para as distinções de gênero.</div>
<div>
<br /></div>
</div>
Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-58487362545537344132014-02-10T16:47:00.002-08:002014-02-10T18:17:43.288-08:00Ano novo, Artigo novoO ano de 2014 começou com boas notícias da <b>Farol Psicologia</b><br />
<br />
Mais um artigo científico foi publicado pelo psicólogo Taciano. Comentando o tema de seu mestrado o artigo intitulado<b> "Violência doméstica contra a criança e suas interfaces com o CRAS" </b>foi publicado na Revista da <b>UNOPAR Científica: Ciencias Humanas e Educação Volume 14 - número 2 - julho 2013 </b>disponível no site :<br />
<br />
<a href="http://www12.unopar.br/unopar/pesquisa/rcArtigos.action">http://www12.unopar.br/unopar/pesquisa/rcArtigos.action</a><br />
<br />
Este tema tão importante foi amplamente estudado pelo autor que trabalhou em vários Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) durante quase 7 anos. <br />
<br />
A outra boa notícia é que estamos atendendo em novo endereço com muito mais privacidade e conforto.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2yucwKOexuVWdIzbn4wN3Uh-8w1-EJHPBJ1tJUbbRYXQyO8lt8xs4fyizhwlCmJZHBkbavH6ZlgY98wA-gJp7duph5DtDflqbvBe5OEnpr_L4HZG76ayH9mtdmdSJfgIF9_L9UgDrr2Q/s1600/20140210_221106.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2yucwKOexuVWdIzbn4wN3Uh-8w1-EJHPBJ1tJUbbRYXQyO8lt8xs4fyizhwlCmJZHBkbavH6ZlgY98wA-gJp7duph5DtDflqbvBe5OEnpr_L4HZG76ayH9mtdmdSJfgIF9_L9UgDrr2Q/s640/20140210_221106.jpg"> </a> </div>Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-88478078036116582722013-12-03T16:46:00.001-08:002013-12-03T16:46:23.758-08:00O menino da bicicleta<p dir=ltr>Este sábado aconteceu o 14 cinema no divã sobre o filme belga "O menino da bicicleta". Tive a satisfação de comentar o filme ao lado da psicanalista Elaine Cardin.  Falamos sobre crianças e adolescentes que são abandonadas e as possibilidades de reconstruir vínculos.  Também abordei as diferentes formas de abrigamento como a família acolhedora.  Falamos sobre adoção e a confiança e estabelecimento de um amor tão forte como o parental. Elaine comentou com muita sensibilidade as contribuições de Winnicott sobre o assunto. A discussão foi tão boa que até nos perguntamos sobre a possibilidade do amor incondicional. .. ATÉ O PRÓXIMO. </p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyjHgmor2ylWQyyQ0JLvzQ8jTSIwW-p4do6I8UZzncSxDcTbydKOrkqbLKSc_4CBvzPPFt2p_cJysqcrK50IEuNvXL4-e83C57YfWx_Hc4TsTJZQrPGdOCmWG1OM3LWaeVYugiJQf9_z0/s1600/ATT_1384309162172_image001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyjHgmor2ylWQyyQ0JLvzQ8jTSIwW-p4do6I8UZzncSxDcTbydKOrkqbLKSc_4CBvzPPFt2p_cJysqcrK50IEuNvXL4-e83C57YfWx_Hc4TsTJZQrPGdOCmWG1OM3LWaeVYugiJQf9_z0/s640/ATT_1384309162172_image001.jpg"> </a> </div>Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-20088497935430071862013-10-18T20:14:00.000-07:002013-10-18T20:14:12.193-07:00Desejo feminino...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0XZH_5DJTX8ZY0CV503oGxRbSftfmwNQMNH3j2H8f9-hm8TuDf80Z9zJ5-whEu3QVvyJkVmSD1HKFbTsYA0K3wXcEZNSu9Somsq5MEdllVNlVwIvhhjTWY4tRE7tUzKOLvXc8cdKy4d8/s1600/IMG_20130828_122008.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img alt="" border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0XZH_5DJTX8ZY0CV503oGxRbSftfmwNQMNH3j2H8f9-hm8TuDf80Z9zJ5-whEu3QVvyJkVmSD1HKFbTsYA0K3wXcEZNSu9Somsq5MEdllVNlVwIvhhjTWY4tRE7tUzKOLvXc8cdKy4d8/s320/IMG_20130828_122008.jpg" title="" width="320" /> </a> </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Lucida Sans Unicode","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Então se pergunta:
o que as mulheres querem?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Lucida Sans Unicode","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Os homens têm um desejo direcionado,
querem um carro, querem uma mulher bonita... as vezes ficam na dúvida, mas
entre uma e outra coisa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Lucida Sans Unicode","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> As mulheres querem agradar ao outro,
querem se sentir poderosas de serem olhadas, invejadas, saem para comprar um
sapato e voltam com uma bolsa. Querem: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Lucida Sans Unicode","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> - Um homem? Mas sempre
observam as outras mulheres – repare como as revistas femininas trazem muitas fotos de
mulheres.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Lucida Sans Unicode","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> - Homem sarado? Mas também
podem ser apaixonar pelos carecas e gordos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Lucida Sans Unicode","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> - Dinheiro? O mais rico nunca
vai satisfazer o desejo feminino, pois sempre podem querer um pouquinho mais, ou acabar se entregando para um pobretão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Lucida Sans Unicode","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> - Machão? Mas também sensível.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Lucida Sans Unicode","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> - Romântico, mas com pegada,
meio Christian Grey do comentado livro "Cinquenta tons de cinza".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Lucida Sans Unicode","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> - Um cara família que vai ao parque
aos domingos, mas que também possa acampar na praia ou fazer uma aventura, nem que seja uma loucura financeira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Lucida Sans Unicode","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Lucida Sans Unicode","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> SEU DESEJO PASSA PELO DESEJO DO OUTRO.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Lucida Sans Unicode","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Lucida Sans Unicode","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> A satisfação
feminina, portanto, vai além de um objeto específico e até mesmo do orgasmo sexual. Podem
satisfazer-se de tantas maneiras quantas sua imaginação mandar... <o:p></o:p></span></div>
Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-68951038823363877722013-02-17T11:45:00.000-08:002013-02-17T11:45:02.535-08:00Agora que o carnaval já passou vamos voltar com as publicações sem mais demoras. <br />
Escolhemos um poema do Gilberto Gil para tocar nossos corações e ampliar horizontes. <br />
<br />
<span style="color: #45818e;">Metáfora</span><br />
<br />
<span style="color: #45818e;">Uma lata existe para conter algo <br />Mas quando o poeta diz: "Lata" <br />Pode estar querendo dizer o incontível <br /><br />Uma meta existe para ser um alvo <br />Mas quando o poeta diz: "Meta" <br />Pode estar querendo dizer o inatingível <br /><br />Por isso, não se meta a exigir do poeta <br />Que determine o conteúdo em sua lata <br />Na lata do poeta tudonada cabe <br />Pois ao poeta cabe fazer <br />Com que na lata venha caber <br />O incabível <br /><br />Deixe a meta do poeta, não discuta <br />Deixe a sua meta fora da disputa <br />Meta dentro e fora, lata absoluta <br />Deixe-a simplesmente metáfora </span><br />
<br />
--------------------<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É interessante como tudo que é de concreto pode tomar alcance metafórico e brilhar com mil tonalidades na nossa alma.</div>
<div style="text-align: justify;">
Esta semana vi no jornal uma notícia curiosa. A reportagem dizia que colocaram grades no meio dos bancos de uma da maiores praças de Porto Alegre como o objetivo de impedir que bebados e mendigos dormissem sobre os bancos. Imagino que os namorados também não possam mais fazer isso. Na verdade quem quiser conversar com outra pessoa no mesmo banco terá que ficar atravessado pela estrutura metálica.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não pude deixar de lembrar de uma música que sempre gostei de um cantor gaúcho, Humberto Gessinger - <span style="color: #45818e;">" os muros e as grades nos protegem de quase tudo, </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e;"> mas o quase tudo quase sempre é quase nada </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e;"> e nada nos protege de uma vida sem sentido".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
É uma pena que nossos espaços públicos tenham se tornado tão inóspitos. Mas fica aí a metáfora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
abraços</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
MarianaFarol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-56456833138151780342012-06-30T20:39:00.003-07:002012-06-30T20:39:48.398-07:00É importante ter uma família?<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quando
ligamos a televisão, assistimos filmes, lemos jornais e andamos pelas ruas,
percebemos que a configuração familiar tem se modificado. Normalmente tem se a
idéia que família é formada por pai, mãe e filhos, porém essa visão tem se
alterado. É cada vez mais comum famílias formadas por: irmãos, tios e
sobrinhos, casais homoafetivos, mãe e filhos, pai e filhos, avós e netos,
recasamentos etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjps5Q-BAQoB4aoVWePQOwFvlF4OW_P8Qdt16BUovMlEOhl8aiJRLEnvdYaz5hOpJrNL1vBfbS76Qs8VShcPjnActRnQdD4YVz7DB_CT-h0y97zqRHtLqL3nKtF-kBlZol_KCTqaKuOxnA/s1600/blog6.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjps5Q-BAQoB4aoVWePQOwFvlF4OW_P8Qdt16BUovMlEOhl8aiJRLEnvdYaz5hOpJrNL1vBfbS76Qs8VShcPjnActRnQdD4YVz7DB_CT-h0y97zqRHtLqL3nKtF-kBlZol_KCTqaKuOxnA/s320/blog6.bmp" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Dessa
forma, não podemos mais falar de família e sim de famílias. Não importa a
configuração, sua existência continua fundamental. Por que é principalmente
dentro da família que o filhote de ser humano se desenvolve de forma saudável
fisicamente e psicologicamente. Mas para que ela cumpra esse papel tão
importante, é essencial diferenciar autoritarismo de autoridade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Autoritarismo
é a imposição de uma idéia ou vontade pela força, seus membros obedecem por
medo. Autoridade é a confiança e o respeito que surge do exemplo moral, os
membros obedecem por que admiram e valorizam a pessoa que tenta ensinar algo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Portanto,
para que as famílias cumpram sua função é importante que haja confiança,
conquistada através do respeito e da aceitação das diferenças entre seus
integrantes. </span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Taciano</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: xx-small;">Texto publicado na revista D`kas Noivas de 2011</span></span></div>Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275211162563997650.post-89741765280657591372012-05-20T17:56:00.002-07:002012-05-20T17:58:19.882-07:00<i>No dia 09 de maio de 2012 realizei palestra na <b><u>Microlins</u></b> com o título: <u><b>"Redes Sociais: Possibilidades e Perigos"</b></u>. A palestra foi dirigida às mães em homenagem ao seu dia e ofereceu algumas orientações quanto a forma de lidar com os jovens e o uso da Internet, especificamente das redes sociais. </i><i> Resgato neste espaço os pontos centrais que foram discutidos a um público participativo e interessado. Quem quiser conversar mais sobre o assunto é só teclar!</i><br />
<br />
<br />
<div style="direction: ltr; language: pt-BR; margin-bottom: 0pt; margin-left: .38in; margin-top: 5.76pt; mso-line-break-override: none; punctuation-wrap: hanging; text-align: left; text-indent: -.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<u><span style="color: #94c600; font-family: 'Wingdings 2';"></span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">Das possibilidades;</span></u></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">Sabe-se que as redes sociais possibilitam o compartilhamento </span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">de informações, conhecimentos, interesses e esforços em
busca de objetivos comuns. </span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">
</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #94c600; font-family: 'Wingdings 2';"></span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">Pode
contribuir para o </span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">fortalecimento da Sociedade Civil, em um contexto de
maior participação democrática e mobilização </span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">social; </span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">Ex</span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">:
primavera árabe, protestos em Brasília e
outros. </span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">
</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">As redes sociais ainda podem servir à divulgação
e promoção empresarial.</span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">
</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">É importante ressaltar que em relação à subjetividade:</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #94c600; font-family: 'Wingdings 2';"></span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">Possibilitam
manter amizades e relacionamentos de longa data.</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #94c600; font-family: 'Wingdings 2';"></span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">Os mais
“tímidos” preferem a linguagem do computador.</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #94c600; font-family: 'Wingdings 2';"></span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">Permite
conhecer pessoas com afinidade que de outra forma não se conheceriam. </span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">
</span></div>
<br />
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #94c600; font-family: 'Wingdings 2';"></span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';"><u>Dos perigos;</u></span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">Mesmo utilizando a rede (afinal estamos num blog) é preciso reconhecer que não se
sabe a identidade de quem está do outro lado.</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #94c600; font-family: 'Wingdings 2';"></span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">É fácil
criar um personagem com características imaginadas/ fantasiadas pelos usuários. </span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">Nem sempre as trocas de informações são seguras.</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">O formato de muitos ambientes on line levam à superficialidade e a relações rasas (quantos amigos você tem no <i>face</i>?).</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';"><br /></span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<u style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic'; text-indent: -0.3in;">Das orientações aos pais:</u></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.28pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #94c600; font-family: 'Wingdings 2';"></span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">Os pais
devem estar próximos de seus filhos.</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.28pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #94c600; font-family: 'Wingdings 2'; text-indent: -0.3in;"></span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic'; text-indent: -0.3in;">Respeitar
a privacidade dos filhos, mas considerar que estão em formação.</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.28pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #94c600; font-family: 'Wingdings 2';"></span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">Conhecer
as ferramentas e a linguagem dos sites.</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.28pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #94c600; font-family: 'Wingdings 2';"></span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">
Conhecer o filho e perceber alterações de seu humor ou comportamento.</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.28pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #94c600; font-family: 'Wingdings 2';"></span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">Se
interessar pelo que ele faz.</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.28pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #94c600; font-family: 'Wingdings 2';"></span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">Manter
autoridade e justificar possíveis proibições.</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.28pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #94c600; font-family: 'Wingdings 2';"></span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">Os pais
podem e devem criar regras para o uso da internet.</span><span style="color: #94c600; font-family: 'Wingdings 2'; text-indent: -0.3in;"></span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic'; text-indent: -0.3in;"></span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #94c600; font-family: 'Wingdings 2';"></span><span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">Devem
ser estabelecidos horários e sites que podem ser utilizados.</span></div>
</div>
</div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 5.76pt; text-indent: -0.3in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #3e3d2d; font-family: 'Century Gothic';">Mariana</span></div>
</div>
</div>
</div>Farol Psicologiahttp://www.blogger.com/profile/18383615159813428235noreply@blogger.com0